O Boêmio edição de O Boêmio 306 | Page 4
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Com suas árvores nativas,
centenárias, ela era majestosa,
palco de brincadeiras, namoros,
encontro de famílias e casais.
Bem cuidada e preservada, tinha
em seu fiel escudeiro o Sr.
Dante Comparine, um zelador
exemplar que não permitia que
pisássemos na grama, quando nós, então crianças, brincávamos entre suas
alamedas e fazíamos dos buchinhos, arbustos tão cuidadosamente arredondados,
de cavernas, como nossos esconderijos, nas brincadeiras de pega-pega. A praça
era palco de lazer e passeios, onde os casais de namorados sentavam-se em
seus bancos embaixo dos caramanchões de primaveras vermelhas, solferino,
lindas, floridas e muito bem aparadas, canteiros de rosas, manacás, dama-danoite, perfumes e coloridos mil. Aos finais de semana era comum vermos as
tradicionais famílias matonenses sentadas em seus bancos, enquanto as crianças
estavam brincando por entre as árvores, mas sem pisarem no gramado, pois o
Sr. Dante surgia como num passe de mágica para "passar pito", como se dizia na
época. Suas flores também enfeitavam e embelezavam o jardim muito bem cuidado,
iluminado e limpo. Dependendo da idade e do interesse de cada um, havia a opção
dos dois cinemas, Polytheama e Yara, ou ainda o futting onde as moças passavam
de um lado ao outro de braços dados enquanto os rapazes ficavam parados nos
dois lados da rua, enfileirados à espera de suas prendas ou quem sabe de uma
futura namorada. A rádio Voz da Esplanada tocava músicas a todo vapor e vez
ou outra anunciava alguma canção dedicada a uma certa garota. Era tudo muito
puro e singelo tal qual as Primaveras ou a velha e enorme Figueira que a tudo
observava tão grande e imponente, onde hoje está a banca de jornais da Fran.
Alguns rapazes e senhores preferiam sentar nos bares, para falarem de suas
terras, política e porque não, de seus filhos. A praça foi palco da vida de todos
nós, palco de encontros e desencontros, palco das quermesses montadas na rua
Rui Barbosa, na Festa do Senhor Bom Jesus, com barraquinhas rústicas montadas
pela prefeitura, da qual toda população urbana e rural participava com igualdade,
solidariedade e respeito. Ah, velhos e bons tempos, quando as seriemas passeavam
sossegadamente pelo jardim sem serem apedrejadas ou maltratadas e eram a
alegria da criançada. Saudades das sorveterias do Sr. Dalmíglio, Pedrinho Geraldo,
dos Alemães; dos bares do Freitas, Sr. Hiloschi, Maturo, Enge, Gargalo e Sgobi,
a eles nosso respeito, carinho e gratidão eternas. A nossa praça nunca mais foi a
mesma, mas em nossa memória ficou registrado a grandiosidade da sua era de
ouro e da sua grande importância em nossas vidas. Após sua morte, a Praça
Barão do Rio Branco passou a denominar-se Praça Dr. Leônidas Calígola Bastia,
e dado aos seus feitos caritativos em prol do povo matonense, merecia ser melhor
cuidada e reflorescer como no passado. A mesma praça, os mesmos bancos e
não mais o mesmo jardim...
“La buena voluntad es la expresión
más simple del verdadero amor y lo
que se comprende más fácilmente.
El empleo de la buena voluntad,
respecto a los problemas que la
humanidad debe enfrentar, libera a la
inteligencia para la acción
contemplativa; donde hay buena
voluntad se derriban las barreras de
la separación y de la incomprensión.”
Do livro Servindo à Humanidade,
de Alice A. Bailey.
© Rudolf Koppitz (3.1.1884 / 8.7.1936)
A PR
AÇA BARÃO DO RIO BR
ANCO
PRAÇA
BRANCO