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Um exemplo de casos como
estes foi o da cantora Preta
Gil que após ter sua imagem
totalmente alterada para a
capa de uma revista
desabafou em sua rede
social, pois além das fotos
terem sido modificadas, tudo
isso foi feito sem aviso e
permissão da cantora.
Preta Gil fez questão de colocar a
foto original ao lado da foto
editada para se impor: “Em estado
de choque! Não tem como não me
indignar, pois fiz essas fotos para
capa dessa revista e a mesma foi
publicada sem minha aprovação e
do fotógrafo. O Photoshop foi feito
por conta própria. Aí está o
resultado!”
É bom deixar claro que as
atitudes de certas marcas são
reflexos dos pensamentos da
sociedade, os julgamentos
sempre caem para cima das
pessoas que não estão de
acordo com o que é
estabelecido pelas pessoas.
Muito abaixo do peso não,
muito acima do peso, nem
pensar! Não pode ser muito
baixa, mas muito alta também
não rola. As pessoas estão
sempre impondo padrões, de
forma que um certo tipo de
corpo passa a ser
desvalorizado, enquanto outro
é enaltecido, então a mídia
passa a agir conforme a
sociedade, e então reforça
ainda mais os padrões, que são
repetidos e compartilhados.
O uso de photoshop em fotos para
revistas é imprescindível para um
conteúdo de qualidade, porém,
muitas vezes pode ter a atuação de
inimigo do artista, quando usado
com a finalidade de fazer o modelo
se encaixar no padrão, imagina o
quão frustrante foi para a Preta Gil
se deparar com sua foto totalmente
deturpada, dando a ideia de que o
natural dela não é o suficiente.
Sem ainda relembrar que tudo isso
reforça um preconceito escondido,
muitos são os casos de modelos
negras que sofrem com
“embranquecimento” por parte dos
editores, nariz mais fino, lábio
menos carnudo e assim, tem como
resultado o “negro de pele clara”
após ter sua cor de pele diminuído
em 3 tons, a pele negra ainda não é
aceitada facilmente, podemos
deduzir dessa forma.