Lita Moniz |
O tão esperado julgamento do ex-presidente Lula em segunda instância confirmou por três a zero a condenação proferida pelo Juiz, Sérgio Moro, que condenava o expresidente Lula a nove anos e seis meses de prisão e ainda ampliou para 12 anos e um mês em regime fechado.
O primeiro desembargador a se pronunciar, José Pedro Gedran Neto, foi categórico ao confirmar a sentença anterior: munido de provas irrefutáveis, condenou o expresidente Lula a 12 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e
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lavagem de dinheiro.
O segundo desembargador, Leandro Paulsen, seguiu a mesma linha, reforçou atos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e manteve a mesma penalidade.
O terceiro desembargador, Victor dos Santos Laus, confirmou a sentença, lamentou que ao longo de seu mandato o presidente que se dizia o pai dos pobres em algum momento se desviou deste povo que o elegeu que confiava nele, traiu os votos que o levaram ao poder. Assim, o ex-presidente Lula, via-se ali condenado à prisão em regime fechado por 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Houve momentos ao longo do julgamento em que víamos um Lula, menos arrogante, visivelmente emocionado, constrangido.
A defesa, sempre batendo na mesma tecla,“ às favas com as provas, o julgamento é político, Lula é inocente, querem acabar com ele por se apresentar como redentor do país que estava dando certo”.
Não deixa de ser verdade,
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servia aos mais diversos interesses, nem que para isso fosse preciso roubar e violar o Brasil inteiro, a corrupção se espalhou como uma praga por todas as instituições, em todos os setores da vida política, econômica e por extensão assim ia invadindo áreas como a saúde, educação, segurança, enfim, o povo está-se dando conta de que caiu num grande engodo.
Já fora do tribunal, leve e solto, afinal, ele sabe bem que quem tem dinheiro vai recorrendo da sentença, e ali tinha sido condenado apenas na segunda instância, falta a terceira, a quarta e por aí vai, cadeia, cadeia mesmo, se vier vai demorar.
Então como quem recupera o humor perdido faz um pronunciamento em tom humorístico:“ já que fui condenado por ter recebido como propina um apartamento, então quero o apartamento, onde nunca morei, nunca foi meu”.
Os protestos esperados diante da condenação do ex-presidente Lula ficaram muito abaixo do que
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se imaginava, fora um ou outro protesto nada significativo, restrito às delegações apoiadas pelo partido dos trabalhadores, não houve nada que confirmasse o populismo de Lula. O povo começa a dar sinais de que espera muito mais do próximo presidente. Já há dentro do partido dos trabalhadores vozes que se levantam para se pensar na vida do partido pós-Lula.
O mesmo acontece com os partidos de esquerda, partidos que aderiram ao lulismo, estão agora repensando as bases: a biografia de Lula lançou-o num mar de lama, quem puder sai de perto. Graças ao bolsa-família, e outras bolsas, às quais a linha de pobreza ainda se apega para tentar de alguma forma se beneficiar do sol da vida humana: emprego, saúde, transporte, alimentação, e demais condições mínimas para a sobrevivência, e se possível, fugir da triste sorte para onde foram empurrados. Ainda restam 30 % de brasileiros indecisos, perdidos, sem rumo, sem defesa que não conseguem ver além das falsas
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promessas do pai dos pobres.
Espera-se que em ano de eleições que prometem elucidar essas mentes e mostrar ao povo brasileiro outras saídas muito mais nobres, mais condizentes com a riqueza do país: dimensões continentais, clima e solo que favorecem até quatro colheitas ao ano.
Riquezas inexploráveis e outras à mostra à espera de serem bem aproveitadas para fazerem desta nação um celeiro do mundo. Talvez tenha sido preciso passar por tantos danos e perdas, por tanta pobreza e falta de tudo para este povo se levantar do chão e eleger para presidente do Brasil alguém realmente comprometido com honestidade, com seriedade, sem demagogia, sem falsas promessas, alguém que se preparou para ser o dirigente de outro Brasil, um Brasil livre da corrupção, do maneirismo, do jeitinho de se resolver tudo por debaixo do pano. Um Brasil da transparência, do progresso, de vida digna para todos
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