DO EDITOR
“Todo mundo tem as próprias tristeza. Ninguém quer ver outras tristezas”
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Em 2015, a Arábia Saudita, apoiada pelos Estados Unidos e outros países, iniciou ataques aéreos contra os hutis. Deu-se início a uma crise humanitária. De acordo com a Organização das Nações Unidas, foram mortos até agora cerca de 18 mil civis, e 3,3 milhões estão refugiados atualmente.
Al-Sharif também não tem interesse nas estatísticas. Ela fica espantada com o apetite ocidental por fotografias dos iemenitas que, privados de alimentos durante a crise atual, reduziram-se a esqueletos desesperados. Ela me fala da história de gente que não recebe salário há cinco anos, cujas vidas estão agora consumidas pelas necessidades básicas. Encontrar alimento. Revirar o lixo. Evitar a doença.
A cólera está se disseminando entre os iemenitas, impulsionada pela proximidade física das condições de vida, pelo enfraquecimento dos sistemas imunológicas em função da fome e pela falta de informação sobre prevenção e tratamento. Em 2017, mais de um milhão de iemenitas contraíram cólera, e a doença está se alastrando novamente. Quase metade dos casos acomete crianças de 14 anos ou menos.
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Amira Al-Sharif - Documentário Árabe - Dezembro de 2014
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