O começo
Com nove anos de mercado na época, Baumgartner estava
insatisfeito com as diretrizes de trabalho da sua empregadora,
a extinta agência Marilyn, e queria um formato de negócios
mais dinâmico e no qual tivesse mais autonomia nas decisões.
Quando anunciou para seus colegas de trabalho que estava
iniciando um projeto independente, pensou que apenas
alguns bookers e modelos o acompanhariam, mas para sua
surpresa todo o staff e casting da agência embarcou na nova
jornada com ele.
Sandra Suplicy está na jornada com Anderson há 20 anos
como gerente administrativa e braço direito, conhecida por
todos como “Flor”, seu empenho e dedicação também fazem
parte da história da empresa. “O Dando é um grande vendedor
e tenho uma profunda admiração pelo trabalho que ele
desenvolve. Eu costumo dizer que ele vende a mãe, empacota,
põe laço e etiqueta, não entrega e a pessoa que comprou— e
não levou, ainda sai satisfeita. Para você entender o dom dele
para venda”.
Com o mesmo time, mas com novo nome, direção e visão, a
WAY estreou na São Paulo Fashion Week nas suas primeiras
semanas de vida como uma das agências com maior número
de modelos no evento. “A gente não começou pequeno, nós já
começamos grandes”, afirma o diretor.
Quem nasceu para ser WAY,
nunca será…
Anderson garante que o maior valor da agência é a credibili-
dade: uma agência de modelos é uma empresa que fornece
trabalho para o modelo que é nosso cliente, e também para os
clientes que contratam, que são nossos e da modelo, por isso
construir uma relação de confiança com ambos é vital.
Para fazer parte do concorrido casting e carregar o book cinza
e laranja nos castings não basta ter um rosto bonito. O modelo
WAY é instruído a chegar no trabalho com uma postura
profissional, além de dar seu máximo para conseguir mostrar
para o cliente o quão bom é e atingir o resultado esperado. O
diretor complementa: “Eu ouço de agências lá fora e de
“
A ALMA DAQUI É
AMAR O QUE FAZ
E FAZER O QUE
AMA.
fotógrafos, estilistas e stylists aqui no Brasil que os nossos
modelos são bem treinados, bem direcionados. De longe eles
sabem que ele é WAY”.
O fator profissionalismo também se estende para os
funcionários: passar credibilidade e não estar jamais
acomodado são competências necessárias no currículo.
Sandra afirma que a agência é mais do que seu emprego. “Eu
não visto a camisa da WAY, eu visto a pele. Eu respiro isso
daqui. Eu torço para que dê certo, vibro por cada conquista,
por cada novidade”. O instinto materno também fala mais alto
quando a empresa se torna uma grande família. “Eu criei um
vínculo muito forte com várias modelos. Eu tenho uma filha
de sangue e 999 de coração”, brinca.
Uma década de história
Conhecida por ter ideias visionárias, a agência lançou
tendência no mercado com inovações durante seus 10 anos de
vida, como: as três edições do calendário WAY, que viraram
item-desejo; e as atualizações dos monótonos composites de
temporada com concepções diferentes, explorando o universo
dos modelos; e o tradicional Arraiá da WAY, que começou
como uma festa para colaboradores e tornou-se uma tradição
no calendário dos fashionistas.
No âmbito dos marcos na história por meio de conquistas do
casting estão todas as vezes que as modelos da WAY foram
recordistas na SPFW — apenas nos últimos dois anos, a
agência levou o título três vezes consecutivas. Os comebacks
das supermodels Ana Claudia Michels, musa dos anos 2000, e
Shirley Mallmann — ícone e percursora das modelos
brasileiras no exterior. A geração de modelos de Luana Teifke,
Renata Sozzi, Nathalie Edenburg, Débora Müller, entre outras
que estavam nas capas e editoriais das revistas nacionais
todos os meses. A descoberta e lançamento do top Marlon
Teixeira no mercado, conhecido como a Gisele Bündchen de
calças. E mais recentemente, a transformação nas carreiras de
Lorena Maraschi e Angelica Erthal, musas de Prada e capa de
Vogue Brasil.
Para Baumgartner, o segredo para tantas conquistas está na
honestidade das ações. “A gente bota tanto amor, faz com
tanto carinho e é tão honesto que tudo vira um sucesso”.
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