My first Magazine Revista wilker | Page 22

Não diferente dos “eixos”, outros estados também vem tomando seu lugar no meio. Na Bahia, em Salvador, temos alguns nomes interessantes a ser chamada a atenção tanto em organização como em conteúdo artístico, como a Oldisgraça, que tem como um dos nomes mais fortes, Baco Exu do Blues e Mateus Curinga, que repercutiram pelas suas linhas ácidas, principalmente Baco por atacar nelas o público que olhava apenas os artistas que partia dos pólos da música, junto com Diomedes Chinaski (PE), na faixa Sulicidio, o Sul do país. Outras promessas vem aos poucos tomando espaço, partindo do NaCalada, uma outra banca também de Salvador, Aurea Semiséria, com um discurso que se posiciona quanto o lugar da mulher na sociedade, e em especial da mulher preta, linhas ácidas disparadas em seu EP lançado no primeiro semestre de 2017, Roxo GG, Ramon Kaizen e o grupo N’Ativa.Outras bancas vem surgindo na capital baiana e pondo seu peixe para vender com trabalhos dignos de olhares dos adeptos ao gênero como a Underismo, com Senpai, Ponci e Trevo trazendo letras sobre as realidades da cidade e das rua sob o ponto de vista de jovens negros, e a Balostrada Rec, com o Bonde do Descarrego que segue essa mesma linha. Vemos que o Nordeste, não diferente dos outros estados não está mal servido de grandes promessas para música, e que não se trata somente de forró e axé. Novos pontos de vistas são forçados e formados pelo esforço fazendo esse topo musical está cada dia mais próximo para os que um dia foram apagados da visão de um público que notava no céu estrelas em pontos específicos.

joão Fabricio