INTRODUÇÃO
O futuro está nas mãos de todos, mas de
nada serve esperar pelos os outros para en-
trar em ação. Mas antes de entrar em ação
é preciso estar informado do que se está a
passar e dos melhores passos a seguir. Em
2030 mais de metade da população será
constituída por consumidores de classe mé-
dia, e seremos cerca de 8,5 mil milhões de
pessoas no planeta. Com a revolução indus-
trial o PIB global cresceu tal como aumentou
o numero de pessoas com melhores condi-
ções de vida, e em contrapartida reduziu o
numero de pessoas na pobreza. Utilizamos
um sistema linear: extrair recursos, e desses
recursos produzimos produtos (desde uma
refeição a um eletrodoméstico a uma mota
ou até de um edifício) que por sua vez são
vendidos e que depois da sua vida útil são
deitados fora. Neste momento a economia
global por ano depende de 65 mil milhões de
toneladas de recursos que são extraídos, e
este valor irá aumentar para mais do dobro
até 2050, e para isto acontecer são neces-
sários três planetas para manter este modo
de vida. O aumento dessa extração irá pro-
mover um aumento de emissões de gases
para atmosfera e com isso maior efeito de
estufa. Das emissões hoje em dia geradas
metade são da produção de materiais bási-
cos. Não é só o ambiente que está a sofrer
com esta situação, mas também o seu bol-
so, porque nos últimos 15 anos os preços
aumentaram e vão subir ainda mais, pois as
matérias primas são limitadas e quanto mais
consumirmos, menos matérias primas estão
disponíveis, ora tal e qual lei da oferta e pro-
cura, quando menor a oferta, maior o preço
dos produtos, e neste caso a tendência é a
de que o preço das matérias aumente devido
à escassez da oferta.
A Europa depende de importações de maté-
rias primas e continuar a persistir num siste-
ma linear é uma estratégia errada.
Em Portugal já é possível traçar um perfil
de metabolismo lento com uma economia
cumulativa de materiais, extrai e importa ma-
téria prima mais do que produtos finalizados.
2018 | MANUAL ECONOMIA CIRCULAR É +
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