My first Magazine jun 1 | Page 14

Como todos sabem, estamos em ano de eleições. Ao mesmo tempo, o país anda passando por diversas divergências políticas e todo mundo acaba ficando bem confuso sobre o que está acontecendo no Brasil. Essa confusão toda se reflete na falta de engajamento do jovem nessas questões. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, apenas 1,6 % do total de eleitores nas eleições municipais de 2016 tinham entre 16 e 17 anos. O número, considerado baixo, tem tudo a ver com a falta de informação sobre política destinada aos jovens.

Pensando nisso, O Tijolo conversou com o Pedro e Juliano Labigalini do “Lado A Lado B” do Estadão para tentar achar respostas para a maior parte das dúvidas que a gente tem.

Começamos a conversa com eles nos contando o porquê dos jovens deverem se inteirar na política: o Juliano mencionou como a política foi criada pra resolver os problemas presentes na sociedade, e consequentemente, o jovem deve estar inserido nela para poder discutir e resolver os problemas de sua geração. Já o Pedro falou como é importante sermos ativos, principalmente na geração que nascemos— numa época repleta de debates sobre o assunto e uma onda conservadora pelo mundo que ninguém consegue entender muito bem ainda— para que não fiquemos reféns de algo que acontece além de nós e não feito por nós.

Outra pauta muito importante que queríamos entender mais é, uma vez engajados, como poderíamos evitar a polarização política. O Juliano disse que a questão não é evitar, mas sim, aprender a lidar com ela, dialogando e buscando informações; para ele é impossível evitar polarização nos dias de hoje. Já o Pedro acredita que você tem que pessoalizar as pautas, trazer a outra pessoa para a sua pauta para que vocês possam “sintonizar” num mesmo nível de diálogo, a máxima para ele, então, é o diálogo.

Terminamos nossa conversa perguntando onde eles recomendam pesquisar sobre política. Eles sugeriram primeiro o Estadão, por ser um jornal bem confiável. Também recomendaram ler blogs de todos os tipos, de esquerda, de direita, desde Bolsonaro até Manuela D’ávila. Na opinião deles, não adianta você ficar na sua mesma bolha

ideológica, já que você precisa entender os outros argumentos para poder dialogar. Em suma, ambos acreditam que é de extrema importância que pesquisemos sites confiáveis e entendamos a finalidade deles para sempre encontrar mais informações e poder dialogar com qualquer um.

vídeo que recomendamos:

Lado A Lado B: Vale a pena votar?

por Alice Chiappetta, Joaquim Villar, Laura Serem e Sophia B. Costa

Mas, entendendo isso, ainda estávamos confusos sobre como poderíamos nos engajar e fazer a diferença na política. Juliano falou como o jovem tem que saber mais que os outros de sua geração e trazer essa informação para os eles. E, para se engajar, ele acredita que o jovem pode votar, ler, pesquisar e se informar— para ele essa é a maior arma política. Os dois têm a impressão de que não adianta você só se engajar, você também tem que trazer os outros para a sua causa e luta. Para complementar, o Pedro relembrou a ocupação dos secundaristas nas escolas públicas e como isso mostra a maneira na qual o engajamento do jovem o leva a atingir uma solução para suas reivindicações.