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MOÇAMBIQUE

As Ruínas do Rio voltaram a casa .

Nampula , Carlos Almeida

F oi devido a uma catástrofe natural , ocorrida a 14 de Março de 2019 , que a Helpo começou o seu trabalho e ligação profunda a Dombe , situado no Distrito de Sussundenga , na Província de Manica , bem perto da Cordilheira de Chimanimani , onde fica o ponto mais alto de Moçambique , o Monte Binga . Foi na resposta ao Ciclone Idai , que a Helpo foi para o Centro do país para apoiar aqueles que , na altura , mais necessitavam de nós e essa ligação , que começou com uma intervenção de emergência , prolongou-se no tempo até Janeiro de 2023 , já com projetos na área do Desenvolvimento . Neste período de quase quatro anos , outra calamidade viria a perturbar o normal funcionamento das coisas . Refiro-me à pandemia da COVID-19 . Em Fevereiro de 2020 , a Helpo pre- tendia apresentar um filme , para dar a conhecer pessoas , cuja história de vida tinham ficado fortemente marcadas pelo ciclone . Quem ficou com a tarefa de nos contar estas histórias , foi a realizadora Moçambicana Yara Costa , já com um vasto trabalho produzido , cujo olhar experiente , nos iria ajudar a entrar dentro destas vidas e destas histórias , que por vezes ficam por contar . Quis o destino , que a celebração do primeiro aniversário do Ciclone Idai ficasse marcado pela primeira semana de pandemia , não havendo lugar a atividades , que ajudassem a marcar o momento . Foi necessário esperar mais dois anos para que o filme intitulado “ Ruínas do Rio ”, fosse apreciado publicamente . Fruto deste atraso , os planos iniciais de o levar a salas de cinema foi perdido , mas tivemos honras de estreia na RTP