GUINÉ-BISSAU
diversificação alimentar e posterior transição para uma dieta
familiar baseada em alimentos naturais, locais e saudáveis.
Pretende-se desconstruir o conceito de dieta e simplificar a
alimentação saudável, promovendo a alimentação adequada
para prevenção de doenças crónicas, como meio de melhoria
da capacidade cognitiva e de bem-estar
e, por consequência, como meio eficaz
para o controle de custos com alimentos
ultraprocessados e com despesas médicas
associadas a estados de doença. E ainda,
pela integração dos comportamentos diá-
rios numa perceção de causa-efeito a nível
individual, coletivo e ambiental
A introdução de uma nova valência na USF
de São João do Estoril, valência essencial
à promoção da saúde alimentar, é um
modelo mensurável, gerador de conheci-
mento e replicável. Em 2017, participaram
nestas sessões 37 mulheres/famílias.
Mas coincide que, no mesmo período, o
ACES de Cascais está em processo de can-
didatura à Acreditação como “Unidade de
Saúde Amiga dos Bebés” e permitiu que duas nutricionistas
da Associação Helpo pudessem frequentar a formação inter-
na e completar o Curso de Promoção e Apoio ao Aleitamento
Materno da OMS/Unicef, realizado em dezembro de 2017.
Atenta às necessidades locais, decidiu a Helpo replicar este
Curso Internacional na Guiné Bissau para todos os profis-
sionais do Centro Materno Infantil de São Domingos e do
Hospital de Cacheu. Em apenas 3 meses se passou da ideia
aos factos e, em fevereiro de 2018, foi possível formar a larga
maioria de profissionais de saúde das duas organizações, mas
também alguns responsáveis regionais e nacionais daquele
país, com o Curso Básico em Aleitamento
Materno.
Grande foi o entusiasmo e dedicação que
fez superar expectativas! Com base na
avaliação realizada, acreditamos que terá
sido relevante o impacto nas práticas dos
profissionais de saúde de ambas as organi-
zações, agora com mais competências para
o apoio ao aleitamento materno. Acredi-
tamos que com mais este contributo da
Helpo por certo morrerão menos bebés na
Região de Cacheu.
A estreita articulação entre o Centro Mater-
no-Infantil e o Hospital de Cacheu facilitou
a realização das práticas clínicas e permi-
tiu trabalhar outros aspetos como práticas
de parto, estratégias não farmacológicas
de alívio da dor, assepsia, vigilância da puérpera e do recém-
-nascido.
Guardaremos com gratidão a dedicação de todos a esta cau-
sa, mas também o muito que aprendemos enquanto forma-
doras. Efetivamente, a prática do aleitamento materno não é
inata e carece de apoio especializado.
“foi possível
formar a larga
maioria de
profissionais de
saúde (...) com o
Curso Básico em
Aleitamento
Materno”