“Eu tirava quando era adolescente, mas nunca
gostei, sempre achei muito doloroso. Eu me
questionei ‘Deve ser normal para as outras
mulheres, mas pra mim não é, porque dói muito’
(…) E eu não me incomodava com os meus pelos,
pensava que homens tinham pelos também, por que
eu não podia?”
“No começo eu não tinha coragem de mostrar e
nem parar totalmente de depilar. Aí, eu lembro
que um dia vi uma mulher passando, muito linda,
com um cabelão, em uma bicicleta, de saia, e
com o sovaco cabeludasso. Eu devia ter uns 13
ou 14 anos e lembro que o tempo parou na hora.
Fiquei olhando, e, nossa! Foi a primeira mulher
com pelo que eu vi, e é aquela coisa de
representatividade. Aí na mesma hora eu me
permiti, pensei “olha, eu posso. Tem pelo menos
uma mulher fazendo isso, então eu também posso”