VICTOR MUSSOLIN LOPES – TÉRMINO
Penso, esqueço e ignoro
Lendo, preso, onde moro
Não vejo, cego, o seu dizer
Ingênuo, nesse momento que tenho, não vejo
Anseio, para que veio essa ideia?
De medo, me tornei leigo, quis parar
Textos e mais textos sem fim
Invejo os poucos que são libertados
Os poucos que, mais rápidos que mim
Vão indo e fugindo das trancas desse local fadado
Penso, penso, penso
Penso mais, E MAIS AINDA, mas não invento
Quero, ou pelo menos espero, acabar
Não vejo, nem prevejo, algum fim
Posso tudo começar, mas nunca terminar
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