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Jorge quem tocava a Ferraria que hoje, talvez ele
nem imaginasse que seu esforço valeria tanto
apena e consequentemente no futuro, hoje, a sua
empresa seria referencia no setor de motopeças
e acessórios. “Foi uma época de grande ca-
rência na matéria prima. Coincidentemente
em 1939 ocorria também a 2ª Guerra Mun-
dial que tornou o empreendimento um tanto
quanto oneroso, houve um escasso do ferro
e do aço que era importado, por que tudo
era destinado aos custos da guerra e anti-
gamente a produção de Ferraria era tocada
pela força das águas, algo que era comum na
época e também usados em outras atividades
como serrarias, moinhos e engenhos”, conta
o atual sócio- proprietário Jaimar Edson Me-
neghel neto de João Jorge Meneghel o fun-
dador.
Fundada em 1º de Maio de 1939 na localida-
de Linha Espanhola, que na época pertencia ao
Município de Urussanga-SC. A Chapam iniciou
suas atividades como uma Ferraria, eles produ-
ziam equipamentos agrícolas destinados a agri-
cultores, e foi assim por muitos anos. Mas, como
toda empresa no inicio passam por dificuldades e
problemas, com eles não foi diferente, quem tem
empresa, sabe do que estamos falando, no inicio
eles passaram por muitos perrengues, mas, o es-
pirito empreendedor junto com a força de von-
tade e muita dedicação, eles nunca pensaram em
desistir.
Nesta mesma época houve uma decadência
do setor dos equipamentos agrícolas devido à
mecanização das maquinas e dos equipamentos
usados para fins agrícolas, por isso, a antiga fer-
raria, teve que se modernizar para se manter e
consequentemente se adaptar às novas tecnolo-
gias e equipamentos mais modernos. Na época
Observando o crescimento e o desenvol-
vimento da cidade de Urussanga em 1950, que
João Jorge Meneghel o avô de Jaimar, transferiu
a sua empresa para a cidade que seria a porta de
entrada para a expansão e sucesso dos negócios.
Dezesseis anos depois, exatamente em 1966, foi
a época em que começaram as primeiras insta-
lações de redes de energia elétrica na região e a
partir dali, a empresa começava operar tanto com
água como com energia elétrica e o empreendi-
mento expandiu, cresceu e desenvolveu. Porém,
em 1974 eles passaram por uma grande dificulda-
de, nessa época houve uma enchente na região e
eles tiveram parte dos seus equipamentos perdi-
dos e enterrados na enchente, infelizmente eles
tiveram que recomeçar praticamente do zero,
continuaram fabricando equipamentos agrícolas
até o ano de 1978, mas, devido à queda do setor
de equipamentos agrícolas, eles tiveram novas
ideias e também passaram a fabricar produtos
destinados a motocicleta.
“Nessa época, já estávamos fazendo al-
guns produtos para motos e os primeiros
compradores dos nossos produtos foram;
Honda e a Yamaha, onde praticamente co-
meçamos a fazer os assentos de bancos, na
época fazíamos entre 30 e 50 modelos e gra-
dualmente dentro das necessidades e sempre
ampliando a linha”, relata Jaimar.
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