Motoboy Magazine Edição 168 Motoboy Magazine ED 168 - PDF | Page 20
Capa
Nada Mudou
Segmento do motofrete cresceu em números de profissionais atuantes, porém, falta qualificação no
setor. Dos mais de 6 milhões de profissionais atuantes no Brasil, boa parte ainda não tem uma forma-
ção profissional adequada para o exercício da profissão que, a cada ano cresce.
Muitos ainda sequer possuem registro em carteira, sendo que, a grande maioria entra na
profissão por que é lucrativa e vantajosa para jovens que querem ocupar cargos sem muita formação
e exigências. A ideia de obter renda pilotando uma moto também atrai muitas pessoas ao setor. Mas,
não basta colocar capacete e saber pilotar motocicleta para ser considerado um motoboy profissional,
é preciso qualificação.
O segmento de motofrete atualmente aponta
para uma realidade de três faces. De um lado, as
empresas de motofrete que empregam boa parte
dos motoboys atuantes na profissão que tentam so-
breviver num mercado que se regulamentou, cres-
ceu, mas pouco se qualificou. Outra face da situa-
ção são as empresas regulares, que pagam impostos,
registram seus colaboradores e que investiram em
capacitação profissional no passado, porém, hoje
enfrentam dificuldade para contratar bons profis-
sionais e ainda por cima sofrem com a concorrência
desleal. Finalizando a situação das “faces”, estão
as empresas de médio e pequeno porte, com parte
dos seus colaboradores registrados e outra autôno-
20 motoboymagazine
ma de colaboradores esporádicos que utilizam seus
veículos próprios e ganham por serviço prestado,
ou seja, quanto maior o volume de entregas maior a
possibilidade de ganho.
Uma quarta possibilidade nessa situação, acaba
sendo preenchido por profissionais “freelancers”,
que de certa forma, prejudicam a profissão, com
a informalidade. Diante desse quadro e da rapidez
que os números de profissionais vêm crescendo,
observa-se um setor sem credibilidade pela falta de
capacitação e qualificação do profissional.