Minha primeira Revista Revista dos Projetos Interdisciplinares volume 1 | Page 25

duas espécies era limitada e seguramente havia pouca modificação na fisiologia da nova espécie em transição, que ainda guardava alguma conformação do lobo, mas de que certa forma, demonstrava ter transformações comportamentais. É considerado animal doméstico aquele que mantém contato direto com o homem, sem ter medo, obedecendo-o mantendo a habilidade de reprodução. Para confirmar tal alegação um pesquisador usou raposas em um experimento, que tinha como principal enfoque criar um método semelhante a domesticação canina e analisar no final de seu estudo se esses indivíduos teriam um comportamento semelhante ao cão. As raposas usadas foram animais menos agressivos ao homem, passadas 40 gerações os resultados obtidos foram mudanças comportamentais, como balançar a cauda, orelhas caídas, aproximação entre outros aspectos alcançados. Portanto, os produtos finais de seu estudo, indicam que as mudanças comportamentais e morfofisiológicas ocorridas com as raposas é o mesmo que aconteceu com o cão doméstico ao longo de sua evolução. Esse estudo afirmou que as características diferenciadas que esses animais obtiveram ao longo do processo de domesticação se perpetuam ao longo das várias gerações através de uma constrição de seleção assustadoramente forte direcionada a características comportamentais únicas. Esta distinção atua como instrumento chave e unificação de mudanças evolutivas desses animais ao longo do processo de domesticação. Foram conduzidos dois períodos dessa seleção para cães. A primeira engloba a seleção natural, ou auto domesticação, na ausência de criação intencional do ser humano. Ao longo desse período os indivíduos menos agressivos ganhavam vantagens seletivas, conseguindo se aproximar do homem, com desembaraço, e por tanto, aproveitar novas interações ecológicas. Portanto, o padrão de auto domesticação se dá a partir da diminuição da agressividade de uma espécie. Após o surgimento desse novo comportamento, indivíduos ancestrais conhecidos como protocães, começaram a portar-se de forma confiável e social em relação aos seres humanos, uma segunda fase de criação intencional poderia começar, ou seja, o segundo estágio de princípio de seleção. Com o assentamento do processo de domesticação, as distinções físicas e comportamentais do ancestral canino com relação ao lobo foram se fixando: redução no nível de sensibilidade incentivos desencadeadores de ações agressivas, melhora na formação de laços, adaptação a mudanças ambientais e sociais. A transformação do cão se deu de imediato, devido a relação que criou com o próprio homem, de caçadores-coletores a modernas cidades, fazendo com que as funções que esses animais exerciam para o mesmo mudassem. Diferente das outras espécies a domesticação dos canidaes serviu para mais de um