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Mas, na iconografia o homem era colocado em uma posição à frente em relação a mulher, além dele ser proprietário da tumba mesmo o processo de mumificação para mulheres e homens serem iguais e compartilhadas.
Nos poemas de amor, onde verificamos a hierarquia familiar, os enamorados deveriam solicitar a mãe da jovem a permissão para selar o compromisso e não ao pai. Outro caso é o fato de que os egípcios atribuem normalmente para serem identificados o nome de sua mãe em lugar do pai. Nos poemas, elogiam o comportamento amoroso de sua amada ao andar e ao falar: "Brilha radiosa e sua pele resplandece, sedutor é o fitar de seu olhar, doce a palavra de seus lábios, seu falar é (sempre) contido (...) as pernas proclamam sua perfeição, graciosa é seu porte ao andar no chão"; imposto um ideal de estética e beleza feminina: "Longo é seu pescoço, brilhantes são seus mamilos, seu cabelo é verdadeiro lápis-lazúli, mais belo que ouro são os seus braços e seus dedos como lótus a desabrocharem. De coxas duras e cintura fina". Os poemas revelam parte da vida do cotidiano do egípcio e a relação dos enamorados com a família e os elementos de sedução, como: vestimentas translúcidas e vestidos rede, as perucas que simbolizavam status social para os homens e elemento de sedução para as mulheres. Entretanto, a beleza não era a única forma de sedução feita pelas mulheres, era utilizado a magia com a ajuda da deusa Hathor (ligada a beleza, dança, felicidade, embriaguez, poder sexual, perfume, amor e regeneração) com a poção da amarração para o amor.
Nas instruções de Any, mencionado em cima, os homens eram incentivados a casarem com mulheres mais novas entre 12 a 14 anos de idade. A oficialização do casamento não era sacramentada por ritual religioso mais por ato social com festas.
Os maridos tinham obrigação de sustentar suas esposas, zelar e cuidar delas com respeito e carinho, e elas além de cuidarem dos filhos, ajudavam a moer grãos, assar pães, destilar cerveja, cozinhar e tecer roupas. Algumas auxiliavam seus esposos no campo, supervisionavam restaurantes populares, pequenas lojas, oficina de fiar e de tecedura. Outras exerceram o papel de cantoras, dançarinas ou musicistas e prostitutas.
A iconografia egípcia referente aos casais parece demonstrar a primazia do matrimonio e da família, pois os esposos apresentam-se de mãos dadas com suas esposas, às mulheres aparecem abraçando seus maridos e cuidando deles ofertando frutos, flores e bebidas.