Minha primeira publicação EDIÇÃO FEVEREIRO | Page 7

07 jornal O Claustro
T e r e s a P e s s o a - o E n s i n o o n l i n e r e f l e x õ e s e m t e m p o d e c o n f i n a m e n t o
O ensino online e a aprendizagem online têm estado presentes nas dinâmicas pedagógicas contemporâneas nas universidades . Desde há alguns anos . Não é um tema novo nem uma prática só de hoje ! O ensino a distância tem também já a sua história que tem sido protagonizada pelas Universidades Abertas , mas de que há registos de boas práticas em várias Universidades Clássicas . Do que hoje se vem falando , e não se ouvia , é de ensino remoto que traduz , na maioria dos casos ,
práticas de ensino tradicionais mediadas pela tecnologia e , esta , apropriada , muitas vezes , de forma pouco amadurecida em termos de inovação pedagógica .
Mas as vantagens do ensino online são muitas que poderão passar , entre outras , pelo conforto do espaço e do tempo que o professor pode escolher para o concretizar e o aluno para o receber , pela rentabilização das potencialidades da tecnologia no desenho de coreografias didáticas de excelência , pelo acesso à informação em suportes diversos , pela construção de uma relação pedagógica com proximidade , pela construção ativa do conhecimento por parte dos alunos e sua publicação , etc . As desvantagens poderão advir somente do seu mau uso embora nada substitua a comunicação presencial e , como sabemos , a avaliação presencial .
Os estudantes , embora sejam eles os grandes ‘ experts ’ do ensino a distância , têm-se queixado da falta de interação , da velocidade e quantidade de matéria dada pelos professores e , sobretudo , da falta do tempo que acontece nas avaliações . Como eles próprios referem : “ mais trabalhos para fazer “, “ a pressão e o facto dos colegas não colaborarem ”, “ Excesso de trabalhos ”, “ frequências com o tempo muito limitado , e é muito difícil concluir o teste com o tempo dado pelos docentes ”.
A gestão do tempo tem sido , assim , uma das grandes dificuldades e uma ameaça aos resultados académicos no pensar dos estudantes . Dizem os próprios que os bons estudantes têm sido os mais prejudicados por quererem cumprir de forma crítica e refletida a construção do conhecimento .