Minha primeira publicação EDIÇÃO FEVEREIRO | Page 11

11 jornal O Claustro
É notório que este problema está a ser negligenciado , e que não está a pesar o suficiente na decisão de alguns docentes na maneira como as avaliações decorrem , mesmo com todo o mediatismo e sensibilização realizado por parte da Associação Académica de Coimbra e dos vários estudantes nos órgãos da Universidade de Coimbra . Cada vez mais , e é algo defendido por vários estudantes , há uma maior necessidade de investir na saúde mental e nos serviços que são fornecidos pela Universidade de Coimbra , como o Gabinete de Apoio ao Estudante , e , a mais recentemente criada UCare , no âmbito de garantir a mitigação deste impacto negativo . Como disse no início , nem tudo foi prejuízo e existem pontos positivos dentro do ensino online . O facto de as aulas passarem a ser remotas permitiu que houvesse uma maior adesão a estas , para além de facilitar o acesso às aulas em momentos de estudo , no caso de o docente disponibilizar as aulas gravadas . Nesse aspeto , os estudantes passaram a ter uma maior flexibilidade a nível do ensino e foi algo elogiado por diversos estudantes que me contactaram em múltiplas ocasiões . Creio que o ensino online tem vertentes positivas para os estudantes e que certos passos dados devem ser mantidos para um ensino universal e acessível . No entanto , fazendo o balanço dos vários pedidos de ajuda por parte dos estudantes durante este ano , é-me impossível deixar de sublinhar que o impacto do ensino online e a maneira como este é tratado na Universidade de Coimbra , acabam por ter um impacto seriamente negativo na saúde dos estudantes e , por consequência , no seu sucesso académico .
Conselheiro Geral da Universidade de Coimbra