Minha primeira publicação Cartilha Gestação, Parto e Puerpério | Page 10
pela Lei nº 6.202/1975 e você
terá licença-maternidade sem
prejuízo do período escolar. O
Decreto-Lei nº 1.044/1969 de-
termina que a gestante poderá
cumprir, a partir do oitavo mês
de gestação, os compromissos
escolares em casa, bastando
apresentar atestado médico à
direção da escola. Fique tranqui-
la que a prestação dos exames
finais é assegurado às estudan-
tes grávidas.
1.2 RACISMO:
E SE FOSSE VOCÊ? VOCÊ
CUIDARIA DIFERENTE?
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Você é negra? Já vivenciou
tratamento diferente em virtude
da sua cor?
Já viu pessoas brancas serem
tratadas de forma diferente de
uma negra? Isso se chama racis-
mo institucional.
É você tratar a pessoa negra
de uma forma e pessoa branca
de outra.
É escolher uma causando preju-
ízo a outra, preferir, ou oferecer
tratamentos diferentes sem
qualquer motivo.
A Política Nacional de Saúde
Integral da População
Negra - PNSIPN
tem uma finalida-
de: a desconstru-
ção do racismo
institucional no
Sistema Único
de Saúde (SUS)
e a inclusão das
práticas de cura
de matriz afro-
brasileira no SUS.
Isso porque o pior
sentimento é perceber que es-
tamos sendo evitadas/os, certo?
Saiba que isso é um comporta-
mento de ansiedade social pelo
qual a pessoa se afasta ou se
desconecta da fonte de sensa-
ções e emoções. Se isso acontece
na relação profissional de saúde-
-cliente não há como se estabele-
cer uma relação terapêutica.
Esse será uma tarefa árdua e
depende do comprometimento
de toda sociedade onde cada
integrante buscará seu genuíno
“lugar de fala”. Nossos ascen-
dentes/ancestrais foram par-
ticipantes da mesma história,
com privilégios e opressões em
lugares distintos, mas da mes-
ma biografia. A isso chamamos
de raciocínio estrutural que
“confere uma possibilidade de
se tratar e raciocinar pela raiz e
de modo global, atentando-se
à sua essência e às peculiari-
dades de a formação do país”.
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MO-ESTRUTURAL-Ser%C3%A-
Damos-n%C3%B3s-as-estruturas
Desta forma, você e/ou qual-
quer pessoa não negra tem sim,
seu lugar de fala. O importante
é sabermos (negras/os e não
negras/os) de qual lugar falare-
mos, o que diremos, como ar-
gumentaremos, o que faremos,
como agiremos, de que forma
acolheremos, e, sobretudo,
como contribuiremos, efetiva-
mente, para a mudança.
1.3 VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA:
COMO SERIA UM MUNDO
IDEAL PARA AS MULHERES
PARIREM?
Quando pensamos em todo
o período da gestação e após
o nascimento, percebemos o
quanto são, muitas vezes, des-
prezados os desejos da mulher
no que diz respeito à assistência
obstétrica. Num mundo ideal,
todas as áreas atuariam para
que todas as pessoas que vão
ter seus bebês estejam no cen-
tro das atenções, proporcionan-
do bem-estar, atendimento com
qualidade no pré-natal, promo-
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