Segmentos
No meu peito
No meu peito há uma porta
Que está sempre trancada.
Ninguém lhe toca
E não será empurrada.
Sou um livro...
Independentemente do título, todos passamos grande parte da
nossa existência em sofrimento e são tantas as causas que nem
as consigo enumerar.
Sinto olhares sobre mim desde que me chamaram livro. Olhares
Dentro dela está a felicidade
Que se apaga com a idade.
penetrantes… Só pensam em tocar-me por acharem bonito o
meu exterior. Parece que isso é o mais importante. Parece que
ninguém se importa realmente com a minha história.
Nela vive um menino
Que adora brincar
No seu abrigo
Sem ninguém o perturbar.
Esse menino está a crescer
E a felicidade a desaparecer.
Queria ser capaz de ter uma voz que falasse e fosse ouvida e,
assim, fizesse as pessoas refletir sobre o quão injusto é ser
avaliado somente pela minha aparência. Que poderei eu fazer
num mundo repleto de mentes fechadas, num mundo onde o
diferente não é bem-vindo?
Não queria ser eu a educar-vos nem a dizer-vos o que fazer.
Mas é preciso pensar antes de julgar o diferente justamente por
Um dia a porta abriu
E o menino descobriu
Que o mundo é maior
Do que apenas o que ele viu.
ser diferente. Marquem a diferença…
Luana Vieira, n.º 12, 9.º G
César Bessa, n.º 4, 9.ºG
A vida
SONETO
No meu peito há uma porta
Onde o coração está a bater.
Essa porta está fechada
Talvez seja por não te ver.
À espera está de ti
A minha porta fechada,
À espera que tu batas
E me faças uma mulher amada.
A sonhar contigo estou
No meu peito encantado
À espera do príncipe desejado.
Quando chegares
Ficarei contigo para sempre
Para vivermos juntos inteiramente.
Inês Inverneiro, n.º10,
e Mariana Cruz, n.º15 , 9.ºG
No meu peito há uma porta,
No meu coração um peso desconhecido
Devido a tanta mágoa e convencido
De que não sei como a apagar.
Com coragem que é a base dos mais for
Com respeito e sempre a lutar,
Sem nunca descansar
Para os obstáculos ultrapassar.
António Silva, n.º 20,
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