Minha primeira publicação 2019 | Page 50

Segmentos No meu peito No meu peito há uma porta Que está sempre trancada. Ninguém lhe toca E não será empurrada. Sou um livro... Independentemente do título, todos passamos grande parte da nossa existência em sofrimento e são tantas as causas que nem as consigo enumerar. Sinto olhares sobre mim desde que me chamaram livro. Olhares Dentro dela está a felicidade Que se apaga com a idade. penetrantes… Só pensam em tocar-me por acharem bonito o meu exterior. Parece que isso é o mais importante. Parece que ninguém se importa realmente com a minha história. Nela vive um menino Que adora brincar No seu abrigo Sem ninguém o perturbar. Esse menino está a crescer E a felicidade a desaparecer. Queria ser capaz de ter uma voz que falasse e fosse ouvida e, assim, fizesse as pessoas refletir sobre o quão injusto é ser avaliado somente pela minha aparência. Que poderei eu fazer num mundo repleto de mentes fechadas, num mundo onde o diferente não é bem-vindo? Não queria ser eu a educar-vos nem a dizer-vos o que fazer. Mas é preciso pensar antes de julgar o diferente justamente por Um dia a porta abriu E o menino descobriu Que o mundo é maior Do que apenas o que ele viu. ser diferente. Marquem a diferença… Luana Vieira, n.º 12, 9.º G César Bessa, n.º 4, 9.ºG A vida SONETO No meu peito há uma porta Onde o coração está a bater. Essa porta está fechada Talvez seja por não te ver. À espera está de ti A minha porta fechada, À espera que tu batas E me faças uma mulher amada. A sonhar contigo estou No meu peito encantado À espera do príncipe desejado. Quando chegares Ficarei contigo para sempre Para vivermos juntos inteiramente. Inês Inverneiro, n.º10, e Mariana Cruz, n.º15 , 9.ºG No meu peito há uma porta, No meu coração um peso desconhecido Devido a tanta mágoa e convencido De que não sei como a apagar. Com coragem que é a base dos mais for Com respeito e sempre a lutar, Sem nunca descansar Para os obstáculos ultrapassar. António Silva, n.º 20, 50