Military Review Edição Brasileira Julho-Setembro 2016 | Page 25
ESTABILIZAÇÃO DO HAITI
Ação Cívico Social (CIMIC) do BRABATT em Cité Soleil, área mais violenta da capital haitiana antes da chegada das tropas da ONU em
2004, 12 de junho de 2014.
Novo Desafio do Componente
Militar, a Transferência da
Capacidade Securitizadora –
Observações do Force Commander
Mudanças culturais/sociais são susceptíveis de levar décadas e gerações para atingir
plenamente.20
O desafio da transferência das conquistas militares
são expressas pelo Gen Jaborandy:
Acho que é cauteloso mantermos aqui, pelo
menos, um pequeno contingente do componente militar, porque se houver necessidade –
e eu espero que isso não aconteça – de retornar o contingente militar, será mantida uma
infraestrutura que possa ser reforçada. É também importante entender que o componente
militar não reflete apenas segurança, mas é
também apoio humanitário, é a mitigação dos
efeitos de desastres naturais, é a sensação de
segurança, é a integração e amizade de outros
MILITARY REVIEW Julho-Setembro 2016
povos, particularmente os latino-americanos,
com o povo do Haiti21.
Passados mais de dez anos, muito tem se questionado sobre a permanência das tropas no Haiti. Em
cada renovação do mandato, o Conselho de Segurança
analisou as condições do país em relação aos objetivos
da missão. O principal propósito é que não seja prejudicado o trabalho conquistado.
A situação atual do Haiti, em função da instabilidade política, está frágil e volátil, podendo
se deteriorar rapidamente. Há manifestações
por todo o país e por razões distintas, como
melhoria das condições de ensino e aumento
salarial para os professores, falta de energia
elétrica, falta de água, carência na assistência
médico-hospitalar, dentre outras22.
Fortalecer a democracia local é um passo fundamental para que a ONU não precise novamente enviar outros efetivos internacionais. Assim, o trabalho nesta última fase de missão compreende o desafio de aproximar as
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