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MERCEDES-BENZ O ACIDENTE DE TRÂNSITO É UMA OCORRÊNCIA QUE AFETA DIRETAMENTE O CIDADÃO, PORQUANTO A ESTES SÃO IMPINGIDOS ASPECTOS RELACIONADOS COM A MORTE, COM A INCAPACITAÇÃO FÍSICA, PERDAS MATERIAIS, PODENDO PROVOCAR SÉRIOS COMPROMETIMENTOS DE CUNHO PSICOLÓGICO, MUITAS VEZES DE DIFÍCIL SUPERAÇÃO. 17 A A segurança do carro é um problema desde seu surgimento, o primeiro registro de vítima fatal em acidentes envolvendo automóveis foi de Mary Ward, constatado em 1869 morta por um carro a vapor desenvolvido por seu primo, ou seja, bem antes do real surgimento dos veículos na forma que conhecemos. Anterior a sua morte, a chamada Lei da Bandeira Vermelha, a primeira lei destinada a automotores, conhecendo os perigos do veículos da época movidos a vapor, impunha um limite de velocidade de 4 Km/h para o campo e 2 Km/h na cidade, buscando baixar o risco de acidentes com máquinas que pesavam toneladas e não tinham nenhuma preocupação com os conceitos de segurança. No início do século vinte, abandonando a tecnologia a vapor e adquirindo o motor a combustão, com maior potência, os carros começaram a ser produzidos em massa. Diferente dos veículos a vapor que se limitavam a baixíssimas velocidades, o modelo T de Henry Ford, introduzido em mil novecentos e oito, era capaz de atingir velocidades que se aproximavam a casa dos 60Km/h. Sendo grande parte dos carros nesta época sem teto rígido e laterais abertas, assemelhando-se a carruagens. Como solução Edouard Benedictus, sem querer, ao trabalhar com nitrato de celulose em seu laboratório em Paris, deixou com que um frasco viesse ao chão. Apesar de se quebrar, os vidros do frasco permaneceram unidos, como se colados. Benedictus notou então que o vidro ganhara uma película interna que impedia que a quebra gerasse fragmentos, percebendo aplicação desta tecnologia aos carros da época que geravam inúmeras vítimas por estilhaços de vidro, patentando sua invenção em meados de mil novecentos e nove. A introdução de portas e tetos, carros fechados, é considerada uma das primeiras melhorias em segurança na história dos carros juntamente ao para-brisa que surgira como um opcional dentre os veículos. Feito de vidro temperado e plano, o para-brisa trazia melhor visibilidade ao condutor, porém também, apresentava perigos, pois se estilhaçava com facilidade em momentos de torção ou acidentes, mutilando seus ocupantes através dos fragmentos gerados. A fim de melhorar a visibilidade através do para-brisa Mary Anderson, primeira mulher a inventar um dispositivo de segurança para o automóvel, percebeu que ao dirigir o condutor interrompeu a viagem inúmeras vezes para realizar a remoção de neve e resíduos que se acumulavam no para-brisa e prejudicavam sua visibilidade. Foi então que idealizou uma lâmina de borracha presa a um cabo metálico movimentada por uma haste manual, vindo a ocupar grande parte dos carros nos anos seguintes.