multidão.
Relativamente à sua questão, no geral, há um
sistema que pede ao consumidor para que pague
o produto “a pronto” e outro sistema em que se
pede ao consumidor que pague por conteúdos de
download adicional. A este último, as pessoas
tradicionalmente chamam-lhes “free-to-play”
(grátis para jogar). Contudo, como a Nintendo é
uma empresa que quer dar o valor devido aos
jogos, não queremos utilizar a terminologia de
“free-to-play”, mas antes “free-to-start” (grátis
para começar), já que para nós, este termo
descreve melhor o que acontece: podem começar
o jogo gratuitamente. E a verdade é uma:
software de jogo em que o comprador tem de
“pagar a pronto” não tende a ter grande sucesso
nos “smart devices”. (…) Acreditamos que não
devemos limitar os nossos sistema de pagamentos
apenas ao sistema de “pronto pagamento”,
embora não possamos afirmar que esta será
sempre a política que iremos adoptar, já que
diferentes tipos de abordagem atendem
diferentes tipos de títulos. (…)
Pretendem ser mais proactivos no lançamento
de
merchandising?
Por
exemplo,
as
personagens Ash, Misty, May, Iris, Serena e
Dawn de Pokémon, são muito populares pelo
mundo fora e deveria ser lucrativo para a
empresa
fazer
merchandising
destas
achassem interessantes. Também há o risco de
estragar o efeito surpresa para os consumidores.
Todos estes factores são prejudiciais para a
empresa e, em último, para vocês, accionistas, por
isso agradeço a vossa compreensão sobre este
assunto.
Quanto à sua preocupação com o que irá
acontecer com a Wii U ou com o que irá acontecer
com a Nintendo 3DS, a NX será uma nova
plataforma, o que significa que teremos de a
trabalhar
do
zero.
Quando a NX for
lançada, já haverá um
largo número de consolas
3DS e Wii U no mercado,
por isso, e de um ponto de
vista de negócio, seria
altamente ineficaz parar
a produção de títulos
para a Nintendo 3DS ou
Wii U logo após o
lançamento
da
NX.
Portanto, enquanto estamos a preparar o
lançamento da NX, estamos também a discutir com
as nossas equipas de desenvolvimento interno,
bem como os nossos parceiros editores sobre como
podemos continuar a produzir software para a
Wii U e Nintendo 3DS. Por isso, acredito que
esse seu foco de preocupação não deverá
acontecer no imediato. (…)
Como é que serão vendidas as aplicações
para smatphones e tablets? Vão optar pela
opção de compra directa (como acontece com os
jogos que se compram numa loja) ou vão optar
pelo download grátis com compras na
aplicação? (…)
Aplicações para smartphones e tablets estão a
chamar à atenção da
indústria dos videojogos
porque muita gente pelo
mundo fora tem um destes
dispositivos e muitas
aplicações se tornaram
bastante rentáveis depois
de se tornarem bastante
populares.
Por outro lado, a
concorrência entre os
produtores tem sido de
tal forma feroz que a Nintendo não consegue ter
sucesso apenas ao lançar um título sonante.
Qualquer empresa que lance uma aplicação para
“smart devices”, terá de enfrentar uma série de
desafios para se conseguir destacar no meio da
personagens. Ou, mesmo que não seja a
Nintendo directamente a fazê-las, trabalhar com
outras empresas para que tal aconteça.
(…) Temos discutido internamente que devemos
ser mais proactivos e é imperativo que se
estabeleça uma estrutura global para que este
negócio arranque pelo mundo fora. Como a maior
parte das nossas vendas acontecem fora do
Japão, temos várias ideias em mente para
colaborações em licenciamentos pelos Estados
Unidos e Europa. E esta expansão não será
limitada a merchandise, poderá tomar várias
formas, como por exemplo, imagens ou mesmo
filmes ou programas de televisão. Embora não
esteja certo, é seguro dizer que para além de
licenciamentos lucrativos, a Nintendo irá tomar
alguns riscos que achemos que sejam
compensatórios. Por outro lado, há um número
elevado de empresas que acabaram por ficar
com inúmeros “restos” em stock de material
licenciado, devido ao tempo de vida curto que
tinham