MegaZine 0 - Jul 2015 | Page 42

Jurassic World embora possa ser apreciado pela juventude, a verdade é que parece ter sido desenvolvido para os mais velhos, os fãs de longa data que adoraram o filme de 1993. A nostalgia é uma sensação constante durante a sessão, já que vários elementos do(s) primeiro(s) filme(s) estão, de forma inesperada, a surgirem aleatoriamente no ecrã (excepto o efeito do tremor na água, esse foi um efeito que ficou em “falta” no filme). A história do filme é interessante, embora tenha de admitir, um tanto cliché que podia e devia ser evitado. O enredo gira todo em torno no Indominus Rex, um dinossauro geneticamente modificado para ser um híbrido. E não, não estou a falar de carros, estou mesmo a falar de ele ser uma mistura de vários dinossauros num só. Escusado será dizer que a coisa dá para o torto, comprovando que não aprenderam os erros cometidos com o Jurassic Park, já que voltam a “brincar” com a natureza. Como disse, a história apenas peca por esses elementos demasiado “vistos”, faltou um pouco mais de imaginação aos guionistas para inventar uma outra história, mas ainda assim, trabalharam bem com a que tinham. O elenco do filme, esse, pareceu-me muito bem escolhido. Primeiro temos Chris Pratt (Lego: O Filme; Guardiões da Galáxia) no papel de Owen, um antigo militar que agora se encarrega de treinar Velociraptors no Mundo Jurássico. O herói precisa de uma companhia feminina, e esse papel foi atribuído a Bryce Dallas Howard (Saga Twilight; Homem-Aranha 3) com Claire, a Directora do parque temático. É preciso ter crianças à solta no Parque no meio dos Dinossauros, caso contrário não será um filme da saga Jurassic Park. Então decidiram trazer Ty Simpkins (Iron Man 3; Insidious) como Gray (não, não é o das 50 Sombras) e para interpretar o seu irmão Zack, foi escolhido o actor Nick Robinson (The Kings of Summer). Infelizmente, as crianças pouco tiveram “tempo de qualidade” no grande ecrã, mas eu perdoo-lhes, já que são responsáveis por um dos momentos de maior nostalgia em todo o filme (não vou spoilar ninguém, não se preocupem, mas quem já viu, sabe do que falo). No lugar do falecido John Hammond (Richard Attenborough, que faleceu no ano passado, a 24 de Agosto), temos Simon Masrani, interpretado por Irrfan Khan (Quem Quer Ser Bilionário; A Vida de Pi) que é o novo dono da InGen, a empresa responsável pelo parque, no entanto achei que a personagem apenas encheu para “encher chouriço”. O único propósito de Masrani foi ser o “homem que encomendou a Indominus Rex” a Henry Wu (B. D. Wong – Mulan; Jurassic Park). No geral, o filme valeu a pena ir ver, não só pela nostalgia, mas pelos momentos de acção e comédia que proporcionou. Não gostei muito do “final aberto” que ficou no ar, pois dá-me a entender que podem explorar novamente o enredo de “erro humano por querer controlar a natureza”. Algo que me irritou foi a quantidade de publicidade que foi estando presente em momentos do filme, embora tenham tentado ser subtis, não deixam de estar presentes. Lawliet