Jurassic World embora possa ser apreciado pela
juventude, a verdade é que parece ter sido
desenvolvido para os mais velhos, os fãs de longa
data que adoraram o filme de 1993. A nostalgia é
uma sensação constante durante a sessão, já que
vários elementos do(s) primeiro(s) filme(s) estão, de
forma inesperada, a surgirem aleatoriamente no
ecrã (excepto o efeito do tremor na água, esse foi
um efeito que ficou em “falta” no filme).
A história do filme é interessante, embora tenha
de admitir, um tanto cliché que podia e devia ser
evitado. O enredo gira todo em torno no Indominus
Rex, um dinossauro geneticamente modificado para
ser um híbrido. E não, não estou a falar de carros,
estou mesmo a falar de ele ser uma mistura de
vários dinossauros num só. Escusado será dizer que
a coisa dá para o torto, comprovando que não
aprenderam os erros cometidos com o Jurassic Park,
já que voltam a “brincar” com a natureza. Como
disse, a história apenas peca por esses elementos
demasiado “vistos”, faltou um pouco mais de
imaginação aos guionistas para inventar uma outra
história, mas ainda assim, trabalharam bem com a
que tinham.
O elenco do filme, esse, pareceu-me muito bem
escolhido. Primeiro temos Chris Pratt (Lego: O Filme;
Guardiões da Galáxia) no papel de Owen, um
antigo militar que agora se encarrega de treinar
Velociraptors no Mundo Jurássico. O herói precisa
de uma companhia feminina, e esse papel foi
atribuído a Bryce Dallas Howard (Saga Twilight;
Homem-Aranha 3) com Claire, a Directora do
parque temático. É preciso ter crianças à solta no
Parque no meio dos Dinossauros, caso contrário não
será um filme da saga Jurassic Park. Então
decidiram trazer Ty Simpkins (Iron Man 3; Insidious)
como Gray (não, não é o das 50 Sombras) e para
interpretar o seu irmão Zack, foi escolhido o actor
Nick Robinson (The Kings of Summer). Infelizmente,
as crianças pouco tiveram “tempo de qualidade” no
grande ecrã, mas eu perdoo-lhes, já que são
responsáveis por um dos momentos de maior
nostalgia em todo o filme (não vou spoilar ninguém,
não se preocupem, mas quem já viu, sabe do que
falo).
No lugar do falecido John Hammond (Richard
Attenborough,
que
faleceu no ano passado,
a 24 de Agosto), temos
Simon
Masrani,
interpretado por Irrfan
Khan (Quem Quer Ser
Bilionário; A Vida de Pi)
que é o novo dono da
InGen,
a
empresa
responsável pelo parque,
no entanto achei que a personagem apenas encheu
para “encher chouriço”. O único propósito de
Masrani foi ser o “homem que encomendou a
Indominus Rex” a Henry Wu (B. D. Wong – Mulan;
Jurassic Park).
No geral, o filme valeu a pena ir ver, não só pela
nostalgia, mas pelos momentos de acção e comédia
que proporcionou. Não gostei muito do “final
aberto” que ficou no ar, pois dá-me a entender que
podem explorar novamente o enredo de “erro
humano por querer controlar a natureza”. Algo que
me irritou foi a quantidade de publicidade que foi
estando presente em momentos do filme, embora
tenham tentado ser subtis, não deixam de estar
presentes.
Lawliet