MAC N.º 1 - O Guerreiro | Page 24

- MAC - O Guerreiro - 1ª Edição Cultura É infinitamente mais fácil arrumá-los na gaveta da insanidade, só para não ter o choque de finalmente compreender que, sessenta anos depois!, a pseudocivilização de que tanto nos devemos orgulhar continua a ser uma selva de betão e lixo. É mais fácil, infinitamente mais fácil, permanecer numa conformada ignorância, do que mandar para o caralho tudo o que nos consome sem nutrir. É mais fácil, infinitamente mais fácil, tão mais fácil pedir autorização para sobreviver, que ter tomates para viver sem a necessidade de pedir licença a ninguém. Acredito que seja por isso que o mundo fica incrivelmente chocado com quem tem audácia para o fazer, como os Beats tiveram. Jack Kerouac O Ícone Escrevia de forma fluida, sem se preocupar com pontuação e parágrafos. A sua obra principal, Pela Estrada Fora (1957), acabou por se tornar na bíblia dos hippies, movimento que germinou da semente Beat. Lawrence Ferlinghetti O Editor Allen Ginsberg O Poeta Foi o pensador, ideólogo e grande responsável pela imortalização do movimento. O Uivo e Outros Poemas (1956), é uma forte crítica à sociedade da época, marcada pela celebração da nudez, da liberdade, da diferença e da loucura. William Burroughs O Junkie É o único Beat ainda vivo. A sua editora, City Lights, publicou grande parte das obras dos restantes. Um Parque de Diversões da Cabeça (1958), é a sua obra mais conhecida. Além de escritor, também se dedicou à pintura. A sua escrita caracteriza-se pelos fluxos de consciência causados pelo consumo de alucinogénios. A sua obra mais marcante é Refeição Nua. Gregory Corso O Rebelde Descobriu a literatura na cadeia, onde se tornou autodidata, tendo sido o que levou uma vida mais conturbada. A sua obra Bomb (1960), cujo poema forma realmente uma bomba, é um misto de humor e politica que inspirou artistas como Bob Dylan. 24