- MAC - O Guerreiro - 1ª Edição
Cultura
Pi, pi!! É Falta da Cultura!
Vemos e ouvimos todos os dias as notícias que caem como bombas atómicas e se
propagam à velocidade de um encadeamento pouco racional. As sinapses cerebrais
deixam de processar a informação e o interpretar dá lugar à memorização
acomodada de informações que nos ocupam e preocupam porque as soluções não
aparecem como nos cadernos de exercícios matemáticos.
A distracção está presente a cada passo e tomam-se as informações, de modo geral,
como dados adquiridos. Esperamos, de certa forma, uma solução em forma de
problema ou coisa que o valha… o importante é, infelizmente, a banalidade do diaa-dia e a magia do jogo da vida perde-se à custa de moedas, cartões e notas que
valem mais que uma energia vital que insistimos em desprezar. A origem da
existência, a origem de sermos como somos, da forma como nos conhecemos é,
aos olhos da maioria, uma coisa de ET’s. Talvez por isso – e só talvez – vivamos num
mundo onde a cultura está novamente a deixar de ter lugar.
Ao que parece, segundo aquilo que me é possível constatar através do estudo da
História Universal, estamos em fase de regressão e, assim, a voltar a uma espécie de
Idade Média dos tempos modernos, com a religião a ocupar um papel diferente.
Mudamos os nomes de Cristianismo para Capitalismo e o resto é quase o mesmo:
uma espécie de bloqueio às artes em função de uma política de domínio sem
escrúpulos, completamente imoral, dominadora, destruidora e castradora.
As artes são formas de expressão que retractam o tempo, muitas vezes de forma
crítica, mas também construtiva. Seja como for, nem o construtivismo implícito na
crítica artística interessa, pois, o que convém a um dono que prende um cão, é (pois
está claro!), que ele fique preso. Por isso, se não lhe mostrar outras opções tanto
melhor, menos o cão ladra…
Desta forma mantém-se uma sociedade maioritariamente com a visão em funil, o
que possibilita o domínio completo e a aceitação comodista. O que está para lá do
horizonte não se vê, mas com toda a certeza existe. Não há mal em pensar ou
problematizar sobre isso até chegar o momento de avançar e, pé ante pé, caminhar
em direcção a uma linha que se afasta a cada vez que parece que nos aproximamos.
O percurso está cheio de aprendizagens e conhecimentos novos, só precisamos de
coragem para continuar a seguir em frente, mesmo que no fim voltemos ao mesmo
sítio. O percurso foi cheio, foi enriquecedor por dentro e uma análise precisa fará
toda a diferença se se tomar atenção aos pormenores.
Tudo isto porque o Sol brilha para lá das nuvens negras de um Inverno rigoroso.
Basta não perder o norte a andar à chuva e fazer algo para que quando a luz
aparecer, ͔