Lê e ler Edição 09 - Evy Maciel | Page 29

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contato com o leitor, tanto para fazer novos leitores quanto para ouvir os feedbacks de seus já leitores?

Eu sempre fui uma pessoa muito ativa nas redes sociais e vi aí a oportunidade de me aproximar do público leitor. A verdade é que meu marketing é ser eu mesma e eu trato meus leitores como meus “amigos”. Não imponho uma distância entre nós. A rede social é para socializar e é isso que eu faço. Se um leitor vem e me chama pra conversar, eu converso e vai acontecendo de forma natural. Acho que os deixo à vontade para se aproximar, seja por um comentário no Facebook ou Instagram, ou em uma conversa privada. A verdade é que me coloco como leitora também, tenho meus autores favoritos e adoraria que eles fossem atenciosos comigo, então sendo assim eu gosto de ser atenciosas com meus leitores também. Nada estratégico.

Para finalizar, o que você diria para que deseja ser autor?

Estude. Escreva. Estude. Melhore. Escreva. Seja paciente. Leia muito. Estude. Escreva mais ainda. Tenha jogo cintura para lidar com qualquer obstáculo. Não pare de ler só porque você virou escritor. Estude. Leia mais um pouco. E nunca esqueça de tratar os seus leitores da mesma forma como você gostaria de ser tratado pelo seu autor favorito.

Literatura Feminina, e no ranking geral ele chegou ao segundo lugar. Até o momento (onde estou respondendo às perguntas) todas as avaliações são 5 estrelas e isso é muito gratificante. Eu já tive outros livros no ranking de mais vendidos, mas a cada livro lançado é como se fosse a primeira vez. Eu digo que é motivo de orgulho ver meu livro entre os primeiros, pois sei que muitos leitores vão descobrir a história justamente por ele estar lá em destaque. Não é como se fosse uma competição, mas aquele ditado do “quem não é visto, não é lembrado”. Ser visto entre milhares de ebooks disponíveis na Amazon me traz a sensação de reconhecimento do meu trabalho e serve de motivação para eu continuar criando novas histórias.

Até recentemente você mantinha um pseudônimo, onde você escrevia livros diferentes dos escritos em seu nome mesmo. Como era esse processo? Você sentia que ao assumir outra personalidade, a escrita fluía de outra forma?

Eu ainda uso esse pseudônimo e, é engraçado, porque quando escrevo como Tara Lynn O’brian, minha escrita flui de outra forma pelo fato de eu me desinibir. Quando comecei com ela, foi de forma despretensiosa e o fato de ninguém saber que era eu, ajudou a não me sentir pressionada a agradar, talvez por isso eu tenha me soltado e deixado rolar.

Quando escrevo como Evy, sinto que tenho uma “reputação a zelar” e isso me trava um pouco. Mas não é só isso, eu criei o pseudônimo para me desprender de rótulos e agora que revelei minha identidade, trouxe isso para o “estilo Evy Maciel”.Tara Lynn alterna seus livros entre narrativa em primeira e terceira pessoa, enquanto, como Evy, eu só escrevo em primeira. Mas agora as duas são desinibidas. Acho que revelar essa identidade só fez melhorar meu desempenho como escritora, nos dois estilos de escrita.

O autor nacional ainda enfrenta muitos desafios no mercado. Uma maneira de se aproximar cada vez mais do leitor é estar presente nas redes sociais. E, convenhamos, você adota algumas técnicas de marketing bem interessantes. Como você lida com esse contato com o autor, tanto para fazer novos leitores quanto para ouvir os feedbacks de seus já leitores?

por Leatrice Barros

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