Lê e ler Dezembro | Page 16

E a sua família, te apoiou quando você decidiu começar a escrever?

A minha família por parte do meu marido sim. A minha mãe não me apoiou nem um pouco, ela não curte me dividir com o público. Ela acha que eu perdi o foco na minha família e nos filhos. Tem medo do sucesso e das minhas viagens. Além disso, minha mãe não gosta de nada voltado para o mundo artístico. Eles tem orgulho, claro, mas não gostam.

Agora minha sogra anda com os marcadores de todos os meus livros impressos dentro da bíblia, para você ter uma ideia, ela fica mostrando na Igreja. Mas meu marido é o meu maior apoiador.

Em Rainbow e Dangerock, os personagens são relativamente jovens, mas com pegadas diferentes. E ao mesmo tempo você também tem uma série adulta. Como foi escrever esses livros tão diferentes?

Rainbow foi um livro que escrevi voltado para minha sobrinha. Na época ela estava passando por um problema de bullying na escola e não compartilhava com ninguém. Então, eu falei para ela que ia escrever um livro cuja personalidade da mocinha seria baseada na dela. Escolhi fazer no universo do ensino médio por conta disso, achei que seria legal fazer para o público young. Eu gosto muito de escrever para adolescente, pois me dou muito bem com eles, acho que porque minha alma é adolescente.

Eu tenho livros adultos, também. Mas Dangerock é um new adult, um pouco mais acima de Rainbow e abaixo dos livros adultos.

Em Rainbow a personagem tem 16 anos, mas é muito cabeça. E quem conhece a minha sobrinha sabe que ela é bem madura para a idade, parece uma mulher falando. Em Dangerock eu já deixei uma pegada mais despojada, bem roqueira. Sendo uns rockeiros mais lights. Eu tento trabalhar nas linguagens que se enquadram nos livros.