Lê e ler Agosto, 2017 | Page 11

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Ufa, Andreia! São tantas coisas! Para começar você poderia falar um pouquinho para gente sobre como foi começar a escrever? Algo te motivou? Você começou bem cedo!

Sim, bastante coisa mesmo. Mas quando a gente faz com amor, com vontade, nem percebe que está trabalhando: é como brincar, mas levando a sério, sabe?

Eu comecei a escrever muito cedo. Sempre fui adepta de diários (que foram todos queimados durante a adolescência, para expurgar os pecados e impedir que um dia alguém lesse aquilo tudo - hahahah). Também, nos anos 90, tinha agendas multicoloridas, com um milhão de clipes diferentes, com poemas e versos devidamente decorados. Copiando um poema aqui, um verso ali, a gente toma gosto pela coisa. Além disso, sempre fui uma leitora voraz - e só acredito num bom escritor se ele se dispuser a ler muito.

Acho que a união disso tudo - diários, agendas e livros, muitos livros - foi o que me motivou a começar a escrever. Mas, uma vez que a gente começa, é difícil parar. É como se o tempo todo os personagens e as ideias estivessem brotando dentro da gente.

Vamos à entrevista?