stive olhando pela janela e apreciando a chuva que caía. Pensei nos meus livros, na minha estante e em como me transporto para outro mundo quando viro a primeira página. Pensei em como me faz bem viajar tanto e de forma tão rápida, pensei em como me faz bem limpar as próprias emoções com as histórias. Mas, confesso: nem sempre foi assim.
Nem sempre me senti em paz enquanto lia, nem sempre me senti viva ao escolher meu próximo destino. E sempre que me via diante de um momento de dor, um momento difícil, me afastava da única coisa realmente capaz de me cuidar. Me afastava mesmo, não queria saber de universos paralelos, romances imbatíveis ou perseguições intensas. Não queria o consolo que me davam, mesmo sabendo o quanto me tiravam de mim, o quanto me guiavam.
Pensando um pouco mais, percebi que a vida é exatamente assim: variável. Dia após dia, livro após livro, vamos nos fortalecendo e colocando nossa força no que nos dá alguma alegria, sejam pessoas, personagens, momentos ou reações. Sempre nos apoiamos no que nos oferece algum apoio, muito embora seja fácil a distância quando nos sentimos capazes de estragar essa ajuda.
Por isso, nem sempre fui a mesma. E continuo não sendo. Por isso, sigo devagar e agora meço meus passos na mesma proporção de quem não mede quase nada. E penso no que sinto quando alcanço um objetivo, penso no que vejo quando posso analisar. Como fiz hoje cedo, enquanto a chuva caía e eu concluía que só lavava a minha alma porque tinha que ser. Como fiz ontem e fiz outro dia, prometendo para mim mesma que faria da própria saudade um combustível. E faço. Amanhã é outra história.
Dedico este texto ao meu incrível avô. Que o senhor reclame das letrinhas pequenas de onde estiver
Sobre sentir
E
Por isso, nem sempre fui a mesma. E continuo não sendo. Por isso, sigo devagar e agora meço meus passos na mesma proporção de quem não mede quase nada. E penso no que sinto quando alcanço um objetivo, penso no que vejo quando posso analisar. Como fiz hoje cedo, enquanto a chuva caía e eu concluía que só lavava a minha alma porque tinha que ser. Como fiz ontem e fiz outro dia, prometendo para mim mesma que faria da própria saudade um combustível. E faço. Amanhã é outra história.
Dedico este texto ao meu incrível avô. Que o senhor reclame das letrinhas pequenas de onde estiver
BLOG ENSAIANDO
Gostou do texto da Carol?
Conheça seus trabalhos em:
Carolina Gama - Blog Ensaiando - conto Outra Vez
Sempre nos apoiamos no que nos oferece algum apoio, muito embora seja fácil a distância quando nos sentimos capazes de estragar essa ajuda."