Em qualquer parte do mundo mercados e feiras chamam a atenção por
suas frutas e verduras. No Mercado Municipal de São Paulo, por exemplo,
a arrumação das frutas nos estandes é tão absolutamente inacreditável
que parecem obras de arte. Cores e sabores se fundem, nos confundem
numa visão onírica e luxuriante, os mais imaginativos conseguem “viajar”
para um daqueles banquetes de uma corte inexistente, os mais aventu-
reiros “vão” para o Marrocos ou para a Provence. Mas, a triste verdade
é que por trás dessa maravilha toda que são os abacaxis, os cacaus, os
milhos, pencas e pencas de bananas sem fim, existe um método estranhís-
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o ouro e nosso
simo de cultivo. Os produtores buscando a “perfeição” ou por pura ganân-
cia conveniente, acabam aplicando agrotóxicos e pesticidas nas lavouras
e pomares. É uma insanidade envenenar nosso dia a dia com o consumo
de alimentos transgênicos, hormônios, herbicidas. As frutas que comemos
podem até ser lindas, tão lindas, como as de plástico ou isopor que en-
feitavam a cabeça da Carmem Miranda. Mas só quem já comeu um mo-
rango de verdade pode saber do encantamento da Mãe Natureza. A maçã
da Branca de Neve infelizmente pode ser vistosa mas também mortal.
LOUcura
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