Livros Titanic o navio dos sonhos | Page 16

Titanic: O Navio dos Sonhos “Papai, Papai”, a vozinha entusiasmada de Nana rompeu o silêncio do vagão. “O trem está parando. Acho que já chegamos. Acho que estamos em Southampton.” A senhora Smithers abriu os olhos e exclamou, “É verdade, estamos mesmo. Aqui já é Southampton. Logo estaremos nas docas e então, se tudo der certo, vamos parar quase do lado do Titanic.” A senhora Smithers suspirou, “Espero que eles tenham um carregador para me ajudar com as malas.” “Papai”, Nana perguntou entusiasticamente, “nós também vamos ter um carregador para nos ajudar com as malas?” “Não, meu tesouro”, respondeu, “nós mesmos cuidaremos das malas”. Enquanto o trem chacoalhava atravessando a cidade, Nana continuou olhando pela janela, muito interessada nas casas, parques e fábricas que passavam pelos dois lados. A cena mudou outra vez quando cruzaram uma estrada, onde vários cavalos e carruagens carregadas de bagagens aguardavam impacientes que a locomotiva barulhenta passasse. Então, logo depois que cruzaram a rua, Nana avistou algo. Como nunca havia visto um navio antes, a menina quase ficou sem palavras, admirando, embevecida, o navio colossal que começava a aparecer no lado direito do trem. “É...é...aquilo...ali...Papai?” a menina conseguiu murmurar com o rosto firmemente pressionado contra o vidro da janela. Ali estava, esperando por eles, o maior navio de passageiros do mundo, apelidado de “O Navio dos Sonhos”. “Aquele...ali...é...o...Titanic?” Nana perguntou outra vez com uma expressão de grande admiração em sua voz. Seu pai sorriu e respondeu com uma risada, “Não estou vendo nenhum outro navio grande por aqui, então 14