Introdução
A
medida do nosso amor para Aquele que virá será a medida
do nosso gozo. Onde estiver o nosso tesouro, ali estará
também o nosso coração.
Quando somos privados de um ente querido por um tempo,
aguardamos ansiosamente sua volta, não somente porque seremos
salvos da nossa solidão, ou porque será o fim do nosso sofrimento,
mas porque sentiremos o calor do seu aperto de mão, veremos a
ternura do seu sorriso, ouviremos o som da sua voz. A palavra
“vinda” em relação ao advento de Cristo no Novo Testamento não
significa Sua chegada, mas Sua presença; não a hora que Ele virá,
mas Sua presença desde o tempo que Ele virá. É a antecipação
do coração pela Sua presença entre nós que trará o gozo. Não é
o que receberemos com esse acontecimento, ou até mesmo “paz
na terra, boa vontade para com os homens!”, mas, sim, o que será ter
a Ele perto de nós, ouvir a melodia da Sua voz e ver o poder e
milagre do Seu toque. Como o holocausto – oferecido totalmente a
Deus – expressava a obra perfeita de Cristo e a satisfação completa
de Deus (separada completamente do resultado dela para os
homens), assim a medida do nosso gozo na Sua vinda será o
próprio Senhor, não os dons que Ele traz: “Tome ele também tudo”,
disse Mefibosete, “pois já veio o rei, meu senhor, em paz à sua casa”.
Controvérsia sobre a ordem dos acontecimentos precedendo
a aparição do nosso Senhor tem a tendência de diminuir o nosso
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