Os Quarto Hebreus na Corte da Babilônia
o rei tinha dito que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe
diante de Nabucodonosor. E o rei falou com eles; e entre todos
eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias,
Misael e Azarias; por isso, permaneceram diante do rei. E em
toda matéria de sabedoria e de inteligência, sobre que o rei lhes
fez perguntas, os achou dez vezes mais doutos do que todos os
magos ou astrólogos que havia em todo o seu reino. E Daniel
esteve até ao primeiro ano do rei Ciro. (1:8-21)
Daniel e seus três companheiros retratam o testemunho
remanescente dos judeus fiéis durante a Grande Tribulação, sob
a perseguição da Besta e do Falso Profeta. Suas tristezas e seus
sofrimentos serão grandes, mas o Senhor os sustentará e libertará.
De uma maneira linda, esses capítulos iniciais apresentam a
maravilhosa preservação do remanescente e o Senhor trabalhando
para salvá-los dos poderes do mal e da morte.
O chefe dos eunucos não contava com a fidelidade de Daniel
à Palavra de Deus e ao Deus do Céu a quem ele servia. A grande
decisão de recusar a porção do manjar do rei e do vinho que ele
bebia poderia pôr em risco a vida dos cativos. Como é refrescante
ler a preciosa verdade sobre ESTE DANIEL, que propôs no seu
coração que ele não se contaminaria com a comida da Babilônia
e declarou isso ao chefe dos eunucos. Por que será que Daniel
tomou esse firme e nobre posicionamento? A resposta não é
difícil de encontrar. De acordo com a lei de Deus, um judeu deve
comer somente animais ou aves limpos, e tanto a gordura quanto
o sangue não eram permitidos (Levítico 7:22-27; cap. 11). Beber
o vinho significava ter comunhão com os ídolos, pois a prática
babilônica consistia em derramar um pouco do vinho como uma
oferenda a Bel ou Nebo. Da mesma forma, nos tempos do Novo
Testamento, Paulo menciona essa prática para a igreja em Corinto
(1 Coríntios 10:27-28). Daniel agora já havia percebido a verdade
do provérbio: “Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até
a seus inimigos faz que tenham paz com ele” (Provérbios 16:7).
Nas notáveis palavras do versículo nove, podemos ver a mão
de Deus anulando os propósitos dos pagãos. Deus deu a Daniel
graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos. Parece que
Daniel tirou proveito dos eventos de outro cativo de séculos antes,
e os meios que Deus usou com ele estavam sendo repetidos no caso
de Daniel. Referimo-nos a José, que, quando se achou vendido
como escravo para o capitão da guarda de Faraó, encontrou graça
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