Do Egito a Canaã
para instruir em justiça” (2 Tim.3:16-17). E, novamente:
“Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi
escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras
tenhamos esperança” (Rom.15:4). O primeiro destes
versículos nos assegura que as figuras que encontramos
na Bíblia são inspiradas por Deus, e o segundo, que elas
são de valor prático para nós.
Os livros de Gênesis, Êxodo, Levítico e Deuteronômio
estão cheios de ensino típico.
Para o leitor, eles são minas de incontáveis riquezas,
pois falam de Cristo, e Nele “habita corporalmente toda a
plenitude da divindade” (Col.2:9).
Estes livros podem ser comparados a uma grande
galeria de arte na qual o Cristo do Novo Testamento é
visto em todas as variadas glórias da Sua Pessoa, e em
todos os aspectos da Sua obra. Cristo é a chave de todos
estes tipos. Todos eles apontam em direção a Ele. E,
quando Ele é conhecido e amado de coração, quando a
Sua bendita Pessoa é o objeto da afeição, não será difícil
reconhecê-Lo, ainda que encoberto nos tipos. Diz-se que
“o amor é perspicaz”, e pode ver belezas em seu objeto
onde outros olhos nada percebem. Este testemunho é
verdadeiro quanto às coisas celestiais. Amor para com
o Senhor Jesus e as aspirações verdadeiras do coração
para com Ele são as melhores qualificações para a
compreensão dos tipos nas Escrituras. Um único tipo
não poderia ter revelado todo o Seu valor, portanto
há muitos, e mesmo assim “não se contou a metade”.
Somente no futuro é que poderemos conhecer tudo
o que o Senhor Jesus é: a profundidade do Seu amor,
a glória da Sua Pessoa – e o que não sabemos agora,
saberemos então, quando haveremos de vê-Lo tal
como Ele é. Enquanto isso, que tenhamos o nosso
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