SANTIDADE
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e escapar de outras reencarnações em corpos
materiais.
Essa doutrina infringe duplamente a santidade de
Deus, pois a) existe apenas um Criador e não múltiplos
criadores menores; b) a matéria não é essencialmente
má, mas essencialmente boa, como vimos. E os
problemas do homem não nascem do fato de que
ele possui um corpo material e, sim de seus pecados
abusivos de seu livre-arbítrio e de sua desobediência
a Deus.
Além disso, esta doutrina não é apenas falsa, mas
também muito cruel. Ela ensina que, se uma criança
nasce com alguma deficiência, isso é o resultado
de pecados cometidos em encarnações anteriores.
Se, depois de todas essas — possíveis — milhares
de reencarnações, a criança ainda não esgotou o
sofrimento dos pecados do passado, qual a esperança
que a criança possui de fazer algo para que esse
sofrimento seja esgotado na vida presente — sem
falar na possibilidade de que ela vai cometer ainda
mais pecados nesta vida e assim aumentar a inevitável
necessidade de mais reencarnações?
Essa doutrina, então, é uma monstruosidade da
mentira e da crueldade. O homem não é salvo por seus
próprios sofrimentos, mas pelos sofrimentos de Cristo:
“Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído
pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos
sarados” (Isaías 53:5).
Tampouco as pessoas precisam viver sua vida
com medo de uma série de divindades menores,
irresponsáveis, e muitas vezes maléficas. Há apenas