Aventuras da Ilha Esmeralda
carregando 128 passageiros e 51 tripulantes. O
capitão James Ferguson, aos 55 anos, tinha uma larga
experiência, tendo comandado vários navios que
faziam aquela rota durante quase dezessete anos.
Apesar de ter recebido um alerta de ventos fortes, o
Princess Victoria iniciou a travessia para Larne.
Depois de deixar o abrigo do lago Ryan, ao entrar no
mar da Irlanda, o navio ficou exposto à força máxima
da tempestade e do mar encapelado. As ondas que
batiam na proa do navio escancararam as comportas
de 1,52 m de altura do deck de carros, deixando que
a água invadisse e desestabilizasse a barcaça. Apesar
do tremendo esforço da tripulação para consertar
os estragos nas portas, mais de 200 toneladas de
água entraram, fazendo a barcaça inclinar-se para
estibordo.
Capitão Ferguson imediatamente tentou retornar
para a relativa segurança do lago Ryan. Entretanto,
na tentativa de conduzir a traseira danificada do
navio para fora do pior dos climas, ele viu que seria
impossível manobrá-lo com segurança de volta a
Stranraer. Aproximadamente duas horas depois de
zarpar, o Princess Victoria deu o sinal de emergência,
avisando que estava fora de controle e que precisava
da assistência imediata dos rebocadores para levá-lo
de volta ao porto. Quarenta e cinco minutos depois, às
10h30min, o Princess Victoria enviou o primeiro pedido
de socorro, que deu início a uma grande operação de
resgate: botes salva-vidas partiram de Portpatrick,
na Escócia, de Donaghadee, na Irlanda do Norte e
barcos da Marinha Real zarparam de Rothesay. Uma
aeronave Hastings da RAF (Real Força Aérea) desceu
em direção à cena, abandonando outra operação de
resgate nas Ilhas Ocidentais.
Apesar do perigo que corria, o Princess Victoria,
mantendo os motores ligados, conseguiu flutuar,
12