O Testemunho dos Profetas
havia trazido uma má fama deles a seu pai. Jacó não acreditava
neles.
Foi assim também na história da ressurreição. Escritores
não inspirados, desejando fortalecer a fé, não teriam retratado
os discípulos como incrédulos, mas – com as predições das
Escrituras e do Salvador em mente - silenciosa e confiadamente
aguardando a notícia de Sua ressurreição. Ao invés disso, os
escritores dos evangelhos parecem escrever como militantes
contra a fé na ressurreição, até mesmo afirmando que o Senhor
não foi reconhecido por alguns deles. Nisso eles simplesmente
manifestam que eles são homens verdadeiros, testemunhas
confiáveis.
Maria Madalena tinha dito aos discípulos que choravam
e lamentavam que ela tinha visto O Senhor vivo, mas eles não
creram nela. Os discípulos de Emaús tinham voltado a Jerusalém
com as alegres novas, mas eles também não foram acreditados
(Marcos 16:13).
O Senhor os repreendeu por causa da sua incredulidade.
”Se eu não vir... de maneira nenhuma o crerei” (João 20:25), disse
Tomé, e permaneceu na sua incredulidade mais uma semana.
Os discípulos “espantados e atemorizados, pensavam que viam algum
espírito” quando o Senhor apareceu no meio deles (Lucas 24:37).
Portanto, a teoria de que os seguidores de Jesus, homens e
mulheres, aguardavam a ressurreição e estavam preparados para
ver “qualquer coisa” cai por terra por falta de vestígios de provas
nos relatos. Elas não eram “mulheres histéricas”, como diz Renan,
nem eles eram homens ingênuos. Corações incrédulos estavam
por toda parte. Para nós que, séculos mais tarde, olhamos para
os acontecimentos à luz das profecias e da história, parece difícil
acreditar na incredulidade dos discípulos.
3. Prova indiscutível: “Vendo ele os carros... reviveu o espírito de
Jacó, seu pai” (v 27). Além das palavras de José instando que eles
não tardassem em retornar ao Egito, os filhos acrescentaram a
obra de José em providenciar o meio de transporte. A prova da
afirmação deles estava lá. Os carros eram a prova e a lógica da
afirmação indiscutível. Esses filhos de Jacó guiam o trêmulo idoso
para ver os carros adornados do Egito. Sem dúvida, esses veículos
reais, com seus cavalos egípcios enfeitados, traziam os emblemas
e a insígnia de Faraó. O Egito era famoso pelos seus cavalos de
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