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APERFEIÇOANDO A
PERGUNTA
D
eixe-me confessar algo. Eu não sou cientista, nem
filho de cientista. Eu tenho, sim, um filho com duas
graduações na área da ciência, Bacharelado em
Genética e Doutorado em Biologia Molecular, mas, exceto
por fazer minha contribuição genética normal para sua
criação uns vinte anos antes de ele conquistar o primeiro
de seus títulos, não posso reivindicar as honras por nenhum
deles. Após discursar na Universidade de Cambridge
recentemente, um estudante universitário me perguntou:
"Qual é o seu conhecimento em ciência?" Em resposta, eu
lhe disse que, em termos formais, não possuía nenhum e
que eu quase poderia me relacionar com a confissão do
arcebispo William Temple: "Minha ignorância da ciência
é profunda o suficiente para ser distinguida!" 1 Esse pode
parecer um início nada promissor, mas meio século de