PREFÁCIO
C
iência e religião são as duas influências mais
difundidas que o mundo já conheceu, e elas
afetam virtualmente cada pessoa vivendo em
nosso planeta. Se eu digitar a palavra "Ciência" em meu
navegador favorito da internet, ele me oferece 62.300.000
páginas para pesquisar; quando eu tento "Religião", outras
18.500.000 páginas estão disponíveis. Se a minha busca
combinar as duas palavras, ainda deparo com 3.270.000
sites abarrotados de fatos e figuras, afirmações e contra-
afirmações, ideias e opiniões.
Para muitas pessoas, combinar as duas coisas é
precisamente o problema, uma vez que elas são, muitas
vezes, consideradas diametralmente opostas uma à outra.
Escrevendo em 1980, o cientista britânico Edgar Andrews,
Professor Emérito da Universidade de Londres, inicia
um excelente livro sobre o assunto com as palavras: "O
divórcio entre ciência e religião é um dos aspectos mais
significativos de nosso cenário filosófico moderno". 1 Às
vezes esse "divórcio" se expressa como um tipo de "guerra
fria", com ambos os lados ignorando um ao outro. Em
outras, a "guerra quente" se espalha pela mídia, algumas
vezes despertada por fatos como uma nova descoberta
científica, um excitante "achado" arqueológico, um avanço