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A Ciência nos livrou de Deus?
de fazê-lo, mas porque escolheu fazê-lo. Nada na criação
necessita de qualquer justificativa além do fato de que,
em sua sabedoria infinita, Deus desejou que existisse,
e, em seu poder infinito, trouxe à existência. Deus não é
uma força cósmica ou um "poder maior" meramente, mas,
sim, pessoal e eternamente autoexistente, "de eternidade
a eternidade". 14 Ele existe como uma Trindade de pessoas
distinguíveis, identificadas na Bíblia como o Pai, o Filho e o
Espírito Santo. 15 Ele é perfeito em todos os seus caminhos, 16
imutável 17 e "cheio de amor". 18
Ele é o governador único e soberano sobre tudo o que
criou: "o seu reino domina sobre tudo". 19 Ele sustenta a
inteira ordem criada e governa o mundo natural, o mundo
espiritual, os acontecimentos internacionais, as autoridades
terrenas e a vida dos seres humanos individuais: Ele "faz
todas as coisas conforme o conselho da sua vontade". 20 Enfim,
o destino final de cada ser humano está em suas mãos, e
ele "há de julgar o mundo com justiça". 21
O relacionamento de Deus com a humanidade está
centralizado no fato de que, há cerca de 2000 anos,
ele irrompeu na história na pessoa de Jesus Cristo, que
assumiu humanidade, embora retendo sua deidade. Seu
nascimento virginal, sua vida de perfeição e sua morte
voluntária no lugar dos demais são todos selos de sua
deidade, confirmada por sua ressurreição dos mortos, 22 que
demonstrou ser ele "o verdadeiro Deus", 23 que promete o
perdão dos pecados e a vida eterna a todos os que colocam
sua confiança nele. 24
Mesmo com base nesse resumo esboçado, fica
perfeitamente óbvio que as religiões não são todas iguais.
Mesmo um ateu convicto como o filósofo britânico
Bertrand Russel notou: "É evidente, por uma questão de
lógica, que, uma vez que elas diferem, não mais do que uma
delas pode ser verdadeira", 25 enquanto Janet Daley, do Daily
Telegraph, aperfeiçoou o ponto: "Você não pode defender
todas as fés – pelo menos, não ao mesmo tempo – porque
cada uma tem crenças que tornam as das outras falsas". 26