A Bíblia e a Ética
na, mais nos surpreendemos com a sua maravilhosa racio-
nalidade. O universo não é produto de forças impensadas e
sem propósito, como dizem os ateus. Em todos os lugares,
ele mostra evidências de ordem, propósito, racionalidade -
a racionalidade de Deus expressada através de sua palavra
criativa.
Outra maneira de entender isso é dizer que usamos as
palavras para portar informações. A repetição de "disse
Deus" em cada estágio da criação indica que as informações
necessárias para criar o mundo veio de uma inteligência pes-
soal — Deus — e que uma nova inserção de informações era
necessária a cada novo nível de complexidade. Isso está em
total acordo com o que a ciência nos ensina. Isso repercute
poderosamente com a descoberta científica de que o mundo
biológico não é composto de mera matéria, mas de matéria
que porta informações — estamos falando do "código" gené-
tico e da "linguagem" do DNA.
Essa racionalidade da natureza também é vista no fato
de que, como a ciência nos mostra, a operação do universo
pode ser descrita em termos de leis, muitas vezes formula-
das em termos de matemática.
Além de lidar com questões de por que e como, Gênesis 1
traz implicações quanto à distinção e o valor do ser humano,
as quais discutiremos no próximo capítulo.
A ciência e a Bíblia
Um dos maiores historiadores da ciência, Sir Alfred North Whi-
tehead, apontou a contribuição vital que a visão bíblica conferiu
ao surgimento da ciência moderna. C. S. Lewis resumiu a visão
de Whitehead: “Os homens tornaram-se científicos porque espe-
ravam uma Lei na Natureza, e eles esperavam uma Lei na Natu-
reza porque acreditavam em um Legislador”.
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