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Por fim, mas não menos importante, pode-se também pensar a questão da totalidade e da objetividade de Gyorgy Lukács. Para Lukacs (1968), quando o referencial básico do crítico passa a ser histórico e social as expressões dessa dimensão na arte se denomina “Realismo”. O filósofo construiu bases teóricas para uma crítica de arte centrada na avaliação da capacidade das obras de “refletir” a realidade social. Ainda conciliando o pensamento do sociólogo Antônio Cândido em acréscimo ao pensamento de Lukács, deve-se pensar em que medida o elemento histórico-social possui significado para a estrutura da obra. O livro aborda assuntos comuns como a vida de mulheres, mães, aparentemente estáveis e logo depois vemos que não e tão estável quanto pensávmos, mas também traz a tona algumas problemáticas como a violência sofrida por elas, um tema de cunho social e que ainda é recorrente em diversas partes do mundo atualmente. Continuando com Lukács e Candido suas noções sobre quando é arte, pode-se alegar que o livro se adéqua ao espaço de obra de arte, ao menos até o presente momento, já que não se sabe até quando será considerado como obra de arte.

Referências:

Tradução:Daniela Kern. Referência original: GOODMAN, Nelson. When is art? In:____. Ways of worldmaking. Indianapolis, Indiana: Hackett Publishing Company, 1984. p. 57-70.

D’ANGELO, Martha. A crítica de arte como gênero e conceito. Revista Poiésis, Rio de Janeiro. n 15, p. 196-227. Jul. de 2010