"Lais de Guia" - Edição Outubro/Novembro 2017 LdG_Out-Nov2017 | Page 6

Lais de Guia Revista da Região de Lisboa Anos mais tarde, em 1985, já casado e com 2 filhos, ouço, numa celebração na Igreja de Benfica, um pedido de voluntários para reiniciar o Agrupamento 57 de Benfica que se encontrava suspenso há alguns anos. Não consegui ficar insensível e, com a minha esposa e a minha irmã, juntamo -nos a um grupo de dirigentes do anterior Agrupamento, e decidimos abraçar mais esta aventura de boas memórias. A transição para a FNA acontece em que momento? Que conhecimento tinha desta Associação e o que o levou até ela? Em 2007, já não estava no activo no CNE. O nosso companheiro e sempre Lobito Trepado Marques, Presidente do Núcleo do Estoril, propõe -me a criação de um núcleo em Benfica. Mais uma aventura. Aceitei! Em 11 de Março desse ano, o núcleo de Benfica passou a existir de facto. Porém a Fraternidade de Nuno Álvares é uma realidade para mim, praticamente desde quando conheci o CNE em Tomar. Lembro-me bem, nesses tempos, de folhear a Flor de Lis e ler textos sobre a FNA. Nunca me esqueci. Até porque é curioso. A figura de Nuno Álvares Pereira (per)segue -me desde muito novo. No início dos anos 60, por ocasião do sexto centenário do nascimento do Beato Nuno, fora retomada, com uma peregrinação nacional, uma iniciativa para a sua canonização que não vingararia por causa da guerra no ultramar, mas será motivo para um amigo de infância me oferecer um livro sobre a vida de D. Nuno Álvares Pereira. A FNA é hoje em dia muito diferente do que conheceu aquando da sua adesão? O meu percurso na Fraternidade ainda é curto. Quando entrei, já se tinha iniciado um processo que iria proporcionar à FNA a capacidade de se tornar mais autónoma, mais aberta, mais comprometida, mais disponível ao serviço, mais activa, ou seja, mais adulta. Quais são os principais desafios que se colocam na actualidade à FNA? Há dois grandes desafios que antevejo: a saudade versus serviço e a expansão e o consequente crescimento. É compreensível a adesão ao movimento pela saudade. É saudável. São laços que nos unem. Porém, de pouco servirá ao próximo e à natureza que também nos é próxima, se não soubermos contribuir para a sua felicidade. É fundamental estarmos atentos ao que nos rodeia, empenhados e unidos para enfrentarmos essas realidades que por vezes passam bem junto de onde vivemos. Entendendo-se por Expansão, o alargamento de número de núcleos e por Crescimento, o alargamento do número de associados, estamos a falar de alargamento de recursos humanos. Sem recursos não vamos longe. Pouco conseguimos fazer. É aqui que encontramos o desafio da Expansão e do Crescimento. Quanto mais formos, mais capacitados estamos para enfrentarmos os reptos do Serviço. 6