"Lais de Guia" - Edição Outubro/Novembro 2017 LdG_Out-Nov2017 | Page 3

Lais de Guia Ó r g ã o o f i c i a l da R e g i ã o d e L is b o a E D I T O R I AL NUNO PAIS COSTA Redacção Recebemos o que damos “A amizade é como um boomerang; tu dás a tua amizade a um dos teus companheiros, e depois a outro e a outro ainda, e eles retribuem-te com a sua amizade. Assim, a tua amizade e boa vontade iniciais vão -te fortalecendo, à medida que vão sendo transmitidas aos outros, e acabam por regressar a ti, em retribuição, tal como o boomerang regressa à mão de quem o lança. ” “A amizade é um dos maiores valores que devemos espalhar e salvaguardar de forma veemente, enquanto Permanecem intemporais as palavras feitas ensinamento de Baden Powell, expressão maior da registadas na obra “O rasto do Fundador” de Mário Sica. Esquecidas por vezes, natureza profundamente estão, no entanto, sempre presentes e cada vez mais acessíveis neste mundo global, plenas da sabedoria que a experiência de vida concede. humanista do Escutismo”. O essencial para o nosso caminho escutista está há muito definido: nada mais é preciso inventar, basta recordar e por em prática os ensinamentos de B.P. para que o Serviço aconteça e faça sentido da forma mais adequada e em qualquer contexto. Servem, pois, tais palavras para nos recordar algo tão sobejamente conhecido e teorizado em várias doutrinas: tal como o boomerang que regressa à mão de quem o lançou, todos nós colhemos o que semeamos, recebemos o que damos. A amizade é um dos maiores valores que devemos espalhar e salvaguardar de forma veemente, enquanto expressão maior da natureza profundamente humanista do Escutismo. Todos são chamados a praticar a amizade como elemento de aproximação e relacionamento social, comum e globalmente benéfico. Mas enquanto Escuteiros, a prática constante e assertiva da amizade constitui também sinal sensível da adesão, livre e sem reservas, à missão contínua de procurar deixar o Mundo realmente um pouco melhor do que o encontrámos. A importância da amizade é algo a ter presente de forma permanente, mas também coerente: procuremos por via dela conciliar as nações desavindas, os povos afastados, mas começando sempre pelo nosso íntimo e pelo nosso “próximo”. Também a FNA tem esse dever de semear amizade, sem pensar que não se justifica, que não vale a pena, olhando para fora sem antes olhar para dentro. 3