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Sinto que antes eu era como um vaso
quebrado num canto qualquer. Através da
Laboratoria, pude ressignificar os cacos
numa escultura que hoje me inspira a seguir
em frente apoiando outras mulheres.
- Ariadne Hostins
Juliana Augusta Ribeiro
Graduada da Laboratória
Eu sempre quis trabalhar, mas houve um
tempo da minha vida em que acreditei que não
conseguiria mais. Quando Michael nasceu e eu
descobri que ele tinha Síndrome de Down, achei,
na minha limitada mente humana, que teria
que viver 100% em função dele ou seja, que não
poderia fazer outras atividades. Mas com o passar
do tempo as coisas foram se desmitificando
e vários preconceitos que eu tinha foram se
desfazendo. Eu me dediquei a ele primeiro, pois
ele é e sempre será minha prioridade! O que fui
vendo é que eu queria proporcionar algo melhor
para o Michael! Como eu pedia a Deus para que
eu pudesse dar um bom plano de saúde para
que não tivéssemos mais que enfrentar o SUS e
filas intermináveis da emergência. Sempre quis
lhe dar uma boa vida, não com tudo na mão, mas
uma vida tranquila. Quando ele estava com dois
anos, eu despretensiosamente fiz a prova para
a Laboratória e, entre aproximadamente 5000
candidatas,consegui ser umas das escolhidas! Ter
tido essa oportunidade mudou minha vida! Sei que
estou no início da jornada, mas hoje eu já posso
proporcionar ao Michael um hospital melhor,
em que o médico me dá seu número de telefone
para casos urgentes. É tão legal ver os sonhos se
realizando!