Jornal Sucesso News Jornal Sucesso News - Edição - 526 ONLINE | Page 11

Segunda-Feira 03/06/2019 www.jornalsucessonews.com.br SÍNDROME DE BURNOUT E O ESGOTAMENTO EMOCIONAL Redação Sensação de exaustão completa no trabalho, inferioridade em relação aos demais colegas, isolamento, angústia para ir trabalhar e a impressão de que nada do que você faz é satisfatório. O conjunto de sintomas como esses tem nome: síndrome de burnout. O termo em inglês indica esgotamento e está associado a um estado de estresse crônico elevado misturado à depressão. Há pesquisadores, porém, que consideram burnout apenas uma forma de depressão no trabalho e não uma doença distinta. Seja uma doença específica ou uma forma de depressão, os efeitos desse mal fazem a pessoa “esgotada” sofrer de ansiedade, podendo levá- la ao isolamento, à perda de amigos, ao afastamento da família, a pedidos de demissão ou, antes, à perda do emprego. A exaustão especificamente relacionada ao ambiente de trabalho se tornou motivo de preocupação no mundo todo e, não por acaso, passou a constar no documento de referência de doenças usado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o ICD-10, ainda na década de 1990. Nele, o burnout se enquadra na categoria de “problemas relacionados a dificuldades de gestão da vida”. Sua definição é breve e direta: estado de exaustão vital. Ainda segundo a OMS, problemas associados à saúde mental no trabalho levam a uma queda de produtividade que resulta na perda de US$ 1 trilhão por ano no mundo. No Brasil, segundo estudo da Escola de Economia de Londres de 2016, a depressão no trabalho faz o país perder US$ 63,3 bilhões anualmente, o que faz dele o segundo pior do ranking, atrás apenas dos EUA, onde o estresse no trabalho é considerado um problema de saúde pública. O prejuízo não está ligado somente à queda de produtividade, problema chamado de “presenteísmo”, quando a pessoa esgotada está presente, mas mentalmente incapaz de realizar suas funções, mas à ausência do funcionário que se afasta do trabalho por licença médica motivada por depressão, ou “absenteísmo”. Só em 2016, foram 75,3 mil afastamentos desse tipo registrados pela Previdência Social no Brasil. Embora inicialmente estivesse muito associada a campos profissionais que experimentam estresse elevado diariamente, como médicos, policiais e bombeiros, o esgotamento profissional atualmente pode ser identificado em qualquer área. No Brasil, a Associação Internacional de Gestão de Estresse estima que 32% dos profissionais sofram com esse esgotamento no ambiente de trabalho. Embora seja entendido como muito semelhante a depressão, ponto ainda não pacífico entre pesquisadores, o burnout pode ser tratado de maneira semelhante. Ou seja, com acompanhamento profissional que deve avaliar a necessidade de afastar temporariamente o paciente da rotina de trabalho. E, potencialmente, o uso de um medicamento específico. Além disso, especialistas recomendam a adoção de práticas fora do trabalho que deem satisfação e prazer, como um esporte ou ainda um hobby qualquer. Fonte: Nexo Jornal C O M O C O M B AT E R E S S A N OVA D O E N Ç A E T E R U M A V I DA M A I S S AU DÁV E L