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Segunda-Feira 03/06/2019
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SÍNDROME DE BURNOUT E O ESGOTAMENTO EMOCIONAL
Redação
Sensação de exaustão completa no trabalho, inferioridade em
relação aos demais colegas, isolamento, angústia para ir trabalhar
e a impressão de que nada do que você faz é satisfatório. O
conjunto de sintomas como esses tem nome: síndrome de
burnout. O termo em inglês indica esgotamento e está associado
a um estado de estresse crônico elevado misturado à depressão.
Há pesquisadores, porém, que consideram burnout apenas uma
forma de depressão no trabalho e não uma doença distinta. Seja
uma doença específica ou uma forma de depressão, os efeitos desse
mal fazem a pessoa “esgotada” sofrer de ansiedade, podendo levá-
la ao isolamento, à perda de amigos, ao afastamento da família, a
pedidos de demissão ou, antes, à perda do emprego. A exaustão
especificamente relacionada ao ambiente de trabalho se tornou
motivo de preocupação no mundo todo e, não por acaso, passou a
constar no documento de referência de doenças usado pela OMS
(Organização Mundial da Saúde), o ICD-10, ainda na década de
1990. Nele, o burnout se enquadra na categoria de “problemas
relacionados a dificuldades de gestão da vida”. Sua definição é
breve e direta: estado de exaustão vital. Ainda segundo a OMS,
problemas associados à saúde mental no trabalho levam a uma
queda de produtividade que resulta na perda de US$ 1 trilhão
por ano no mundo. No Brasil, segundo estudo da Escola de
Economia de Londres de 2016, a depressão no trabalho faz o país
perder US$ 63,3 bilhões anualmente, o que faz dele o segundo pior
do ranking, atrás apenas dos EUA, onde o estresse no trabalho é
considerado um problema de saúde pública. O prejuízo não está
ligado somente à queda de produtividade, problema chamado
de “presenteísmo”, quando a pessoa esgotada está presente, mas
mentalmente incapaz de realizar suas funções, mas à ausência do
funcionário que se afasta do trabalho por licença médica motivada
por depressão, ou “absenteísmo”. Só em 2016, foram 75,3 mil
afastamentos desse tipo registrados pela Previdência Social no
Brasil. Embora inicialmente estivesse muito associada a campos
profissionais que experimentam estresse elevado diariamente,
como médicos, policiais e bombeiros, o esgotamento profissional
atualmente pode ser identificado em qualquer área. No Brasil, a
Associação Internacional de Gestão de Estresse estima que 32%
dos profissionais sofram com esse esgotamento no ambiente
de trabalho. Embora seja entendido como muito semelhante
a depressão, ponto ainda não pacífico entre pesquisadores, o
burnout pode ser tratado de maneira semelhante. Ou seja, com
acompanhamento profissional que deve avaliar a necessidade
de afastar temporariamente o paciente da rotina de trabalho.
E, potencialmente, o uso de um medicamento específico. Além
disso, especialistas recomendam a adoção de práticas fora do
trabalho que deem satisfação e prazer, como um esporte ou ainda
um hobby qualquer. Fonte: Nexo Jornal
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