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Sexta-Feira 26/04/2019
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A IMPORTÂNCIA DO DIA DA TERRA
Redação
Em nosso planeta existem milhões de espécies que conhecemos e muitas que ainda
precisam ser descobertas. A conscientização nos últimos anos sobre a proteção e o
cuidado do meio ambiente revelou que nós mesmos, os seres humanos, alteramos
o equilíbrio da natureza a ponto de enfrentarmos o maior ritmo de extinção de
espécies desde que perdemos os dinossauros há mais de 60 milhões de anos. O Dia
da Terra, que foi comemorado na segunda-feira, tenta conscientizar o mundo a cada
22 de abril sobre a necessidade de proteção do meio ambiente e de conservação da
Terra. Este ano, o lema se refere à biodiversidade de espécies existentes no planeta:
“Vamos proteger nossas espécies”. A destruição global e sem precedentes que
testemunhamos ao nosso redor, bem como a redução das populações de plantas e
de animais selvagens, está diretamente relacionada à atividade humana: mudanças
climáticas, poluição, desmatamento, agricultura insustentável e pesticidas, tráfico e
caça ilegal de animais, perda de habitat ... são, entre outros, impactos decisivos sobre
o que nos rodeia. Sobre a biodiversidade, que é a variedade de seres vivos existente
no planeta, estima-se que a quantidade de espécies da flora e fauna que desaparece
na Terra esteja entre 150-200 a cada 24 horas. Este ritmo faz a biodiversidade da
Terra definhar a passos gigantescos e, infelizmente, os humanos têm tanto a ver
com o problema que o ritmo atual é mil vezes maior do que se fosse uma extinção
natural de espécies. Donald Falk, professor de ecologia na Universidade do Arizona,
explica isso de maneira ilustrativa: “As espécies são como tijolos na construção de
um prédio. Podemos perder uma ou duas dúzias de tijolos sem a casa balançar, mas
se 20% das espécies desaparecerem, toda a estrutura se desestabiliza e entra em
colapso. É assim que funciona um ecossistema”. O planeta está à beira do colapso
quase sem nos darmos conta. Produzimos 150 milhões de toneladas de plástico de
um só uso por ano e, destas, oito milhões de toneladas acabam no mar; nos últimos
25 anos, o nível de água do mar aumentou o dobro do esperado; 40% da população
mundial já tem problemas devido à escassez de água ... e se o planeta consumisse
ao ritmo da Espanha, por exemplo, no dia 11 de junho ficaríamos sem recursos na
Terra para um ano. Como se isso não bastasse, a poluição, como alerta a ONU, é
responsável por uma em cada seis mortes no mundo, matando mais pessoas do que
a guerra, a fome e os desastres naturais. Por estas razões, é mais do que justificado
comemorar o Dia da Terra, e fazer isso não como uma celebração isolada, mas como
uma recordação constante de que todos os dias colocamos nosso planeta em risco.
Nós estamos sofrendo hoje os efeitos devastadores da ação humana, por isso, mais
do que tentar deixar o planeta melhor para as próximas gerações, estamos falando
de poder viver de forma sustentável nos próximos anos graças à conscientização
pela educação para alcançar uma ecologia integral: ou seja, uma ecologia ambiental,
econômica e social; uma ecologia cultural; uma ecologia da vida cotidiana; uma
ecologia guiada pelo princípio do bem comum e também pela justiça entre países,
continentes e gerações. Fonte: EL País
CO M O A CO N S C I E N T I ZAÇ ÃO P O D E A J U DA R A F R EA R A D EST R U I Ç ÃO D O ECO S S I ST E M A