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Sexta-Feira 05/04/2019
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PSDB ARTICULA PRESIDÊNCIA ROTATIVA
PARA MINAR DORIA
BOLSONARO TENTA CONSTRUIR BANCADA ALIADA
Há três meses sem conseguir formar
uma base aliada, o presidente
Jair Bolsonaro decidiu se envolver
pessoalmente na articulação política
para compor uma coalizão partidária
que permita a aprovação da reforma
previdenciária. Criticado por uma
articulação política frágil com o Poder
Legislativo, ele abrirá o gabinete
presidencial para audiências com onze
partidos. Segundo o ministro da Casa
Civil, Onyx Lorenzoni, agora é o
momento de “abrir a porta”. “Para que
tenhamos uma base constituída,
precisamos dialogar, convidar e abrir a
porta. É o que estamos fazendo”, disse.
Bolsonaro dedicou a quinta-feira (3),
após retorno de viagem oficial a Israel,
para encontros separados com os
presidentes do PSDB, MDB, DEM, PP,
PSD e PRB. A ideia é que a série de
reuniões tenha continuidade na
terça-feira (9) e na quarta-feira (10),
quando receberá os dirigentes do PSL,
PR, PROS, Podemos e Solidariedade.
Até a semana passada, o presidente vinha
resistindo a participar da articulação
política, em nome da chamada
“nova política”. Após protagonizar
desentendimento com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), porém,
foi cobrado pelo núcleo militar e pelo
setor empresarial a ter uma presença mais
ativa nas negociações.
Fonte: Folha de S. Paulo
Decanos tucanos articulam
reservadamente que o comando do
partido passe a ser rotativo. Em vez de
um mandato renovável de dois anos,
como tem sido, o próximo
presidente, que deve ser escolhido em
maio, exerceria a função por quatro a
seis meses, dando espaço em seguida
a outro membro da executiva, e assim
sucessivamente. Expoentes como os
senadores José Serra (SP) e Tasso
Jereissati (CE) foram consultados. “Eu
acho uma boa ideia”, disse o
cearense. O ex-governador paulista
Geraldo Alckmin, presidente nacional
do PSDB, também faz parte das
negociações, segundo relatos.
Consultado, Alckmin disse por meio
de sua assessoria que “a sucessão não
entrou ainda na pauta do PSDB”.
“De qualquer forma ele não pretende
propor o rodízio na presidência”,
afirmou. A articulação, se vingar, será
um revés para o governador de São
Paulo, João Doria, que apadrinhou a
Redação
Redação
candidatura do ex-deputado e
ex-ministro Bruno Araújo (PE) para a
presidência do PSDB. Tendo um aliado
à frente da sigla, ele fica bem
posicionado para a eleição presidencial
de 2022. Aliados de Doria condenaram
a iniciativa. “Ideia de jerico”, comentou
o prefeito de São Bernardo do Campo
(SP), Orlando Morando (SP).
“É inconsistente, um absurdo, tem que
fazer uma coisa programada. Em seis
meses não dá para construir nada”,
rechaçou o aliado de Doria.
Fonte: Folha de S. Paulo