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Segunda-Feira 01/04/2019
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A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
Redação
É comum que, ainda hoje, a depressão não seja vista como uma doença, o que pode
ter consequências graves. Os preconceitos e estigmas que costumam ser relacionados a
transtornos psicológicos podem resultar, entre outros problemas, em tratamentos mal
realizados (quando realizados) e recaídas. Um dos motivos dessa má interpretação é
que, muitas vezes, o problema é confundido com tristeza ou preocupações passageiras.
Ainda não se sabe quais são as origens da depressão, uma doença complexa que tem
consequências físicas e emocionais. “Conhecida também como Transtorno Depressivo
Maior (TDM), é caracterizada por sinais que interferem na habilidade para trabalhar,
estudar, comer, dormir e apreciar atividades antes agradáveis”, explica Acioly Lacerda,
professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O problema é mais
comum entre pessoas de 20 e 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa etária.
“Existem dois sintomas centrais: tristeza persistente e perda de interesse por atividades
das quais costumava gostar. Para a depressão, ao menos um deles deve estar presente
e tem que durar no mínimo duas semanas. Mas há outros que são secundários, como
alteração de peso ou da libido para mais ou para menos, dificuldade de concentração,
perda de memória, sentimento de culpa inapropriado e alteração no sono”, completa
o especialista.
Apesar das confusões relacionadas à depressão, há problemas que realmente têm
ligação, caso da ansiedade. Lacerda explica que é frequente que ambos ocorram ao
mesmo tempo. “Quem tem ansiedade crônica, em cerca de 70% dos casos, desenvolve
depressão e o contrário também é verdadeiro”, explica o psiquiatra, que ressalta
que, nesse caso, o diagnóstico também deve ser feito por médicos. De acordo com
o especialista, entre os fatores de risco para a depressão estão: pessoas com histórico
familiar (fator genético) da doença; que enfrentam situações repetidas de estresse; que
tenham perdido um dos pais ainda na infância ou sofrido qualquer tipo de abuso nessa
época. “Nas mulheres, os períodos pré-menstrual, pós-parto e menopausa são de maior
risco para desenvolver a doença. E cerca de 17,5% da população apresentará pelo menos
um episódio depressivo ao longo da vida”, completa Lacerda. Segundo Lacerda, para
que o tratamento para a depressão seja completo, é preciso que a pessoa se submeta a
sessões de terapia psicológica e faça mudanças nos hábitos de vida, passando a realizar
atividades físicas regularmente, mantendo um período de sono satisfatório, adotando
uma alimentação equilibrada e evitando o consumo de álcool e o tabagismo. Após ter
a depressão diagnosticada, é importante que essa pessoa consulte com frequência um
profissional especializado, como o psiquiatra, e siga as orientações, que muitas vezes
podem envolver o uso de medicamentos. “A partir do momento em que a síndrome
depressiva passa a trazer consequências (como a falta de vontade de fazer atividades
das quais a pessoa gosta), é um indicativo de que se deve iniciar o tratamento”, explica
o especialista. Tão importante quanto ir a um especialista para tratar da depressão, é
manter o tratamento pelo tempo que for determinado pelo profissional. Lacerda explica
que 1/3 dos pacientes para com as recomendações médicas por conta própria após
perceber alguma melhora. “As consequências são muito negativas. Quanto mais cedo o
tratamento for interrompido, maiores as chances de ser inadequado, de haver recaídas,
e o problema piorar”, alerta o psiquiatra. Os cuidados com a depressão, explica o
psiquiatra, têm o objetivo de fazer a pessoa melhorar por completo dos sintomas, uma
vez que se trata de uma doença crônica, como a diabetes e a hipertensão e, portanto,
sem cura. “Mas, quando o problema é tratado adequadamente, o paciente leva uma vida
absolutamente normal”, completa Lacerda. Fonte: Pfizer
COMBINADO COM O ACOMPANHAMENTO, ELE PODE TRAZER A TOTAL CURA DESSE MALEFÍCIO.